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10/Out/2022

FPA: Ruralistas vão dialogar com presidente eleito

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem de estar preparada para qualquer presidente que assumir em 2023, após as eleições deste ano. Mesmo com a bancada ruralista tendo declarado apoio, recentemente, à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), a FPA não terá nenhuma dificuldade em dialogar com o presidente, independentemente de quem vai governar o País. E, na hipótese de o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vencer o pleito e nomear como ministro da Agricultura seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), o que é aventado no setor, não há problema nenhum. Não há dificuldade de relacionamento, de dialogar e conversar. O agro brasileiro não é mais de 'propriedade' de nenhum dono; é um setor que é o carro-chefe da economia, sustenta o PIB e gera emprego e renda.

O governo sempre vai precisar do agro, do comércio e da indústria. Não haverá dificuldade de relacionamento em caso de vitória de Lula e da nomeação de Alckmin na Agricultura. Para o presidente da Associação dos Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), o governo é um presidencialismo de coalizão. Assim, não é possível "tocar o governo sozinho". Desta forma, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem um grande protagonismo, até porque boa parte da balança comercial brasileira e a economia depende do agronegócio. O próximo presidente não vai desprezar o agronegócio. Independentemente de quem assumir o Planalto em 2023, essa pessoa tem de conhecer a grandeza e a importância do agro, e Lula e Bolsonaro sabem disso.

De todo modo, os deputados federais e senadores eleitos para a próxima legislatura são favoráveis ao agronegócio. Vai ter de haver diálogo com o setor e a FPA está muito bem preparada e posicionada para isso. Para o Instituto Pensar Agro (IPA), os integrantes da FPA devem influenciar na indicação do próximo Ministro da Agricultura. A ex-ministra da pasta Tereza Cristina (PP-MS) é o nome mais cotado em caso de vitória de Jair Bolsonaro (PL). Em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a possibilidade de indicação de seu vice, Geraldo Alckmin, é bem vista e considerada um excelente nome. Se Alckmin for o ministro da Agricultura, ele vai entender perfeitamente a importância do setor e vai dialogar, principalmente, com a FPA.

Sobre a questão das terras indígenas, o setor é a favor do marco temporal. Foi reforçado que o agronegócio não quer a terra dos índios. O proprietário rural não quer conflito. Mas, é preciso existir uma regra, pois ninguém vai investir no Brasil se não houver segurança jurídica em relação à questão agrária e indígena. Por isso, não se pode deixar essa pauta aberta para sempre. Os indígenas detêm quase 14% do território brasileiro e a produção agrícola não alcança 10% do território brasileiro. A FPA defende que o indígena precisa ter remuneração e liberdade econômica para acabar com esse conflito. O Brasil precisa do proprietário rural e do índio; os dois têm de ser muito bem tratados e não pode haver essa insegurança jurídica. Assim, dentro do marco temporal, é necessário definir a posse de terras indígenas até um ano específico e, dali em diante, tem de estar resolvido de outra forma. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.