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07/Out/2022

Sugestões e demandas do agronegócio para 2023

Segundo o Instituto Pensar Agro (IPA), é imprescindível iniciar o ano de 2023 com um planejamento do Plano Safra, que não deve ser anual, mas plurianual. A sugestão das entidades do setor e do Instituto Pensar Agro é de que o Plano Safra seja plurianual. O desejo, de fato, é que seja um plano válido para 5 a 10 anos. Isso servirá para o produtor se planejar para daqui a 2, 4, 6 anos. Essa reivindicação não tem a ver com subsídio à produção agrícola, mas sim com crédito barato. O produtor brasileiro está em 22º lugar no mundo em relação ao nível de subsídios recebidos. O que precisa ser resolvido em eventual Plano Safra plurianual é como o produtor vai se planejar para acessar crédito para comprar uma máquina, além da logística e do armazenamento no campo.

Essas políticas de crédito teriam de estar previstas no sistema orçamentário para garantir crédito barato. Esse é o grande desafio para o produtor e não dá mais para discutir o Plano Safra no mesmo ano. Esse Plano Safra plurianual deve ser pensado como uma política de Estado, juntamente com o Congresso Nacional. A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) afirmou que a questão do Plano Safra plurianual é algo que vem sendo discutido há anos e que nunca se concretiza. O setor precisa de previsibilidade, principalmente em relação a crédito. Também é preciso atualizar o manual de crédito rural para atingir esse objetivo. A armazenagem é assunto considerado urgente. O Brasil temos um déficit de armazenagem e a safra nacional cresce ano a ano.

Em Mato Grosso, muitas vezes, o milho é armazenado a céu aberto, o que levanta o risco de perda do grão. O Instituto Pensar Agro (IPA) tem a expectativa de aprovar ainda este ano no Senado os projetos de lei de defensivos agrícolas e do marco temporal. Em último caso, as pautas devem ser debatidas em 2023, dada a configuração do Legislativo após as eleições do dia 2 de outubro. Hoje, dos 27 eleitos no Senado Federal, 65% têm uma boa relação com os temas. A Aprosoja-MT avaliou a formação do Senado após as eleições como uma surpresa. O Congresso para a próxima legislatura é, teoricamente, favorável a esses temas. Qualquer presidente da República vai ter que fazer a coalizão com o Congresso e, a princípio, isso é favorável na nova legislatura. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.