07/Out/2022

Os desembolsos de crédito rural a partir de julho, quando começou a safra 2022/2023, até o fim de setembro somaram R$ 116,9 bilhões, aumento de 23,7% em comparação aos R$ 94,5 bilhões liberados em igual período do ano passado. A alta foi sustentada pelo aumento de 56,1% dos desembolsos de recursos para custeio, que atingiram R$ 80,775 bilhões, contra R$ 51,762 bilhões nos três primeiros meses da safra 2021/2022.

Apesar do maior montante de recursos para custear a safra, a área financiada diminuiu 66%, de 43,806 milhões de hectares nos três primeiros meses da safra 2021/2022 para 14,884 milhões de hectares em igual intervalo da atual temporada. O número de contratos aumentou de 328.139 para 357.860 na mesma base de comparação. O total de crédito concedido para investimentos, comercialização e industrialização caiu de junho a setembro. Para investimentos, foram concedidos R$ 23,453 bilhões, 15,8% a menos do que os R$ 27,844 bilhões de um ano atrás.

No caso de recursos para comercialização de produtos agrícolas, o montante desembolsado, de R$ 7,033 bilhões, foi 10% inferior aos R$ 7,817 bilhões liberados em três meses de safra 2021/2022. Quanto ao crédito para projetos de industrialização no setor, o total liberado alcançou R$ 5,621 bilhões, 20,9% abaixo dos R$ 7,112 bilhões de igual período de 2021. Dos R$ 116,9 bilhões desembolsados no acumulado da safra 2022/2023, a maior parte, R$ 71,975 bilhões, foi concedida por bancos públicos, 41,20% acima dos R$ 50,985 bilhões liberados por estes agentes em igual período do ano passado.

O montante fornecido por cooperativas chegou a R$ 24,369 bilhões, incremento de 22,9% ante os R$ 19,817 bilhões do ano passado. O total concedido por bancos privados recuou 11,3% na mesma base de comparação, de R$ 22,674 bilhões no intervalo de julho a setembro do ano passado para R$ 20,114 bilhões em igual período deste ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.