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07/Out/2022

Tecnologias sustentáveis precisam chegar a todos

O Instituto Fórum do Futuro faz uma reflexão sobre o papel do Brasil na conjuntura global dos próximos anos. “Uma árvore em pé vale muito mais do que tombada. Isto é uma grande verdade, mas hoje praticamente reservada aos cientistas, que podem enxergá-la e compreendê-la completamente. O mundo, principalmente os jovens, precisa conhecer o verdadeiro significado do que a inclusão social e tecnológica de milhões de pequenos e médios produtores pode representar para a solução das crises agudas e diversas vivenciadas atualmente”. É possível mais do que dobrar a produção de alimentos sem que seja necessário derrubar uma única árvore, e que já existe tecnologia para isso. No entanto, é indispensável que as lideranças globais percebam a dificuldade em oferecer segurança alimentar com mais de 200 mil pessoas sendo acrescentadas à demanda a cada dia, até 2050.

Lidar com essa realidade e ao mesmo tempo cumprir as exigências da pauta ESG exige aprimorar a gestão, o planejamento e assegurar o engajamento comprometido de líderes globais. Estima-se que mais da metade das tecnologias sustentáveis já existentes ainda não conseguiram atingir os pequenos e médios produtores tropicais que, por sua vez, são praticamente condenados ao extrativismo que sobrevive de saques contra natureza como se fosse um almoxarifado inesgotável. É indispensável gerar renda e emprego para os excluídos com base em projetos sustentáveis orientados pela ciência. Falta decisão política, falta virar essa página da história, falta assimilar o impacto positivo que esta decisão pode representar para todos os países. Só no Brasil são 4,5 milhões de famílias de pequenos e médios produtores vítimas da exclusão tecnológica.

Sem inclusão social e tecnológica as metas da agenda do clima simplesmente não vão sair do papel. Tudo passa primeiro pela regulamentação ambiental das terras dos produtores. Isto, por sua vez, vai levar ao mecanismo de crédito de carbono, que beneficia a todos indistintamente. Foi proposto o “Terceiro Salto da Oferta de Alimentos”, onde a proposta consiste em produzir um alimento com a qualidade sonhada pelos consumidores; reduzir o desperdício; montar processos produtivos transparentes e mensuráveis; escalar a produção industrial da bioeconomia. Sem renda e emprego, as pessoas pressionam a floresta. É plenamente possível “Desenvolver sem Desmatar” e é totalmente viável transformar a Amazônia no maior celeiro global de produtos naturais. Fonte: IFF. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.