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06/Out/2022

Dólar tem avanço em linha com o mercado externo

Após ensaiar uma alta nesta quarta-feira (05/10), quando chegou a superar a barreira de R$ 5,20, o dólar perdeu parte do fôlego no mercado doméstico de câmbio, em meio a novas máximas do Ibovespa e à virada momentânea das bolsas em Nova York para o campo positivo. Com oscilação de cerca de R$ 0,08 entre a mínima (R$ 5,16) e a máxima (R$ 5,24), a divisa encerrou a sessão desta quarta-feira (05/10) cotada a R$ 5,18, avanço de 0,31%. Após descer rapidamente do patamar de R$ 5,39 no fim da semana passada para rodar abaixo de R$ 5,20, com a queda de 4,09% na segunda-feira (03/10) pós-eleição, o dólar passa por um período de acomodação. Investidores adotam uma postura mais cautelosa enquanto monitoram costura de apoios para o segundo turno e sinais dos planos econômicos dos candidatos. A candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, declarou seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente Jair Bolsonaro esquivou-se de questionamento sobre a permanência de Paulo Guedes à frente da Economia em caso de reeleição, embora tenha elogiado publicamente o ministro.

Para a Fair Corretora, internamente não houve um fato forte para mexer com o dólar, que seguiu mais o comportamento de alta da moeda no exterior com dados norte-americanos e espera pelo payroll (relatório de emprego nos Estados Unidos em setembro) na sexta-feira (07/10). Houve muito stop loss (operação para limitar perdas) na segunda-feira (03/10) de quem estava comprado e, por isso, o dólar caiu mais de 4%. Muitos buscaram proteção na sexta-feira (30/09) com a chance de Lula ganhar no primeiro turno. No exterior, o dia foi de alta firme da moeda norte-americana, em especial na comparação com divisas fortes. Indicadores positivos nos Estados Unidos esfriaram um pouco as apostas em postura menos agressiva do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Na outra ponta, dados do setor industrial e de serviços na zona do euro mostraram retração da atividade e avivaram os temores de recessão. Em resposta ao descompasso entre as economias norte-americana e europeia, o índice DXY (que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes) voltou a superar a linha dos 111,000 pontos e registrou máxima aos 111,735 pontos.

O dólar apresentou ganhos ao redor de 1% frente ao euro e à libra esterlina, abalada por declarações da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, sinalizando intenção de seguir em frente com plano de corte de impostos. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmou nesta quarta-feira (05/10) corte da produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia a partir de novembro. Em contrapartida, os Estados Unidos anunciaram liberação de mais 10 milhões de barris de suas reservas estratégias no mês que vem. A cotação do contrato do Brent para dezembro, referência para a Petrobras, subiu 1,71%, para US$ 93,37 por barril. O Banco Central informou que o fluxo cambial em setembro foi negativo em US$ 3,850 bilhões, resultado, sobretudo, da saída líquida de US$ 5,817 bilhões pelo canal financeiro (US$ 3,338 bilhões apenas na semana passada, véspera do primeiro turno da eleição presidencial). Dados da B3 podem mostrar uma inflexão no apetite do capital externo por ativos domésticos em outubro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.