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06/Out/2022

FMI critica atraso de políticas climáticas por inflação

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a adoção de políticas que direcionem os riscos climáticos não deve ser adiada a despeito do cenário de hiperinflação em algumas economias e que já desafia as políticas monetárias. No documento, o FMI faz um alerta justamente para o impacto na demora do direcionamento para uma sociedade mais neutra em carbono. Décadas de procrastinação transformaram o que poderia ter sido uma "transição suave" em um processo que provavelmente será mais desafiador. O estudo destaca o óbvio ao reforçar a necessidade de o mundo emitir 25% menos gases de efeito estufa até o fim da década.

Para ter uma chance de atingir a meta estabelecida em Paris, isso é rápido, mas ainda viável e o único requisito é que é preciso parar agora. A transição rápida é necessária e embute custos, que são administráveis. O crescimento mundial pode ser menor de 0,15% a 0,25% ao ano até 2030, a depender do ritmo da adoção de medidas pelos países para mitigar os impactos das mudanças climáticas, com a transição para energias limpas no lugar do uso de combustíveis fósseis. Ferramenta e as políticas governamentais são realmente fundamentais para reduzir esse custo. Há uma diferença muito grande em termos de custos para as regiões.

O impacto será bem maior para exportadores de combustíveis fósseis e para os mercados emergentes, o que inclui o Brasil. O Peterson Institute for International Economics (PIEE) destacou que os atrasos no endereçamento das mudanças climáticas têm consequências muito sérias para a inflação. Políticas para aumentar os impostos sobre emissões de carbono, principais causadores das mudanças climáticas, são politicamente inviáveis no momento, mas é o instrumento com a maior probabilidade de fazer diferença. Não há políticas de apoio ou descarbonização baseadas em instrumentos de preços sobre impostos, em oposição a subsídios. É uma triste realidade que precisa ser reconhecida e respondida. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.