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04/Out/2022

Fenômeno La Niña pode afetar safra da Região Sul

Mesmo mais fraco, o La Niña continua a influenciar o clima. Esta é a terceira safra de verão (1ª safra) no Brasil sob influência de um Oceano Pacífico equatorial mais frio. Os problemas que o fenômeno pode carretar, entretanto, ainda geram muitas dúvidas. Segundo a startup de meteorologia Weather Service, o que se sabe é que, na maior parte das vezes, o La Niña reduz as chuvas na Região Sul e gera aumento na Região Norte. Mas, já houve ano em que choveu acima da média na Região Sul, apesar do fenômeno. No decorrer deste mês, será possível ter um panorama mais assertivo. É fato que a primavera começou mais favorável às culturas agrícolas do que foi nos últimos dois anos. A Região Sul está mais chuvosa que o normal. Na Região Sudeste e na região central, que estavam com pouca chuva, a situação está se regularizando.

A chegada das precipitações deve colaborar para o plantio de grãos dentro da janela ideal. Para as lavouras de Minas Gerais e São Paulo de café, que sofreram com períodos de estiagem severa por dois anos, a umidade também é um alívio. Apesar de a primavera ter começado gelada no Centro-Sul, o risco de geadas em áreas agrícolas é baixo. Esse fenômeno pode ocorrer em regiões serranas, na campanha gaúcha e em regiões de planalto do Paraná e Santa Catarina. Segundo a Climatempo, haverá uma oscilação grande de temperatura, que é um dos efeitos do La Niña. Contudo, as chuvas no Centro-Sul devem se tornar mais espaçadas ao longo da primavera. Assim, é possível que o verão apresente condições clássicas de La Niña, com precipitações concentradas mais na metade norte do País. Áreas ao sul do Brasil, além da Argentina e do Paraguai, devem sentir esses efeitos.

Simulações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), indicam boas chances de chuva abaixo da média histórica no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e boa parte de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Isso pode atrapalhar as culturas de verão, principalmente a soja, levando a uma nova quebra na Região Sul. A Rural Clima reforça a importância de se olhar para além do La Niña. O Oceano Atlântico, por exemplo, está esquentando. Esse aquecimento do Atlântico influencia significativamente o clima no Brasil. É preciso um olhar mais amplo, até porque não existe uma relação direta entre a intensidade do La Niña e a quantidade de chuvas. Observando séries históricas com vários anos e comparando com a intensidade do La Niña, não existe uma correlação muito boa. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.