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03/Out/2022

Desemprego: taxa recuou no trimestre até agosto

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (30/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,9% no trimestre encerrado em agosto. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego estava em 13,1%. No trimestre encerrado em julho de 2022, a taxa de desocupação estava em 9,1%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.713,00 no trimestre encerrado em agosto. O resultado representa queda de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 263,549 bilhões no trimestre até agosto, alta de 7,7% ante igual período do ano anterior. No trimestre terminado em agosto, faltou trabalho para 23,934 milhões de pessoas no País.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 21,8% no trimestre até maio para 20,5% no trimestre até agosto. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até agosto de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 27,2%. A população subutilizada caiu 5,8% ante o trimestre até maio, 1,467 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até agosto de 2021, houve um recuo de 23,6%, menos 7,381 milhões de pessoas. O Brasil registrou 4,268 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em agosto. O resultado significa 79 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em maio, um recuo de 1,8%.

Em um ano, 970 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 18,5%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O trimestre encerrado em agosto de 2022 mostrou uma abertura de 398 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em maio. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, 3,080 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 35,576 milhões no trimestre até agosto, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram um recorde de 13,160 milhões, 355 mil a mais que no trimestre anterior.

Em relação ao trimestre até agosto de 2021, foram criadas 1,818 milhão de vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 213 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,869 milhões. O resultado significa 616 mil pessoas a mais atuando nessa condição em relação a um ano antes. O número de empregadores aumentou em 67 mil em um trimestre. Em relação a agosto de 2021, o total de empregadores é 565 mil superior. O País teve um aumento de 63 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,851 milhões de pessoas. Esse contingente é 557 mil pessoas maior que no ano anterior. O setor público teve 481 mil ocupados a mais no trimestre terminado em agosto ante o trimestre encerrado em maio. Na comparação com o trimestre até agosto de 2021, foram abertas 866 mil vagas.

O País registrou uma taxa de informalidade de 39,7% no mercado de trabalho no trimestre até agosto de 2022. O Brasil alcançou um recorde de 39,307 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais 179 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. A geração de vagas no período totalizou 1,497 milhão, ou seja, foi puxada majoritariamente por ocupações formais. Diferentemente de outros momentos, a expansão da população ocupada informal fica menor do que a expansão da ocupação como um todo. O peso da informalidade, a contribuição da informalidade na expansão global da ocupação é bem menor que o verificado em momentos anteriores. A alta na informalidade em um trimestre foi de 0,5%. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais cresceu 5,6%, 2,101 milhões de pessoas a mais atuando nessa condição.

O trabalho informal se recuperou antes e mais rapidamente que o trabalho formal. O mercado de trabalho vem se recuperando desde o fim de 2020. A recuperação foi baseada no mercado informal ao longo de todo o ano de 2021, e, a partir do final de 2021, observa-se também uma expansão da parte formal na ocupação. Mas, não significa que a informalidade parou de crescer. A geração de vagas com carteira assinada no setor privado e a abertura de postos de trabalho no setor público contribuem para ter um pouco mais de formalidade dentro da ocupação, muito embora a taxa de informalidade ainda permaneça num patamar elevado. Não necessariamente está havendo uma substituição, trabalhadores informais passando a ser formais. O que se percebe é que, embora tenha crescimento da ocupação com carteira, a alta da informalidade permanece em curso.

O contingente recorde de informais tem contribuição importante para a manutenção do total de ocupados no mercado de trabalho. O mercado de trabalho manteve a tendência de redução na taxa de desemprego em agosto, puxada por uma recuperação na geração de vagas formais, mas com contribuição também de um contingente recorde de trabalhadores informais. O mercado de trabalho permanece mostrando melhora e a expansão da ocupação vem ocorrendo em várias atividades. Ainda há 9,694 milhões de pessoas em busca de uma vaga, mas esse é o menor nível de desempregados desde o trimestre encerrado em novembro de 2015. Em apenas um trimestre, 937 mil pessoas deixaram o desemprego, e 1,497 milhão conseguiram um trabalho. A população ocupada alcançou um recorde de 99,013 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em agosto de 2022, com um ápice de 39,307 milhões deles atuando na informalidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.