30/Set/2022

O Banco do Brasil assinou, nesta quinta-feira (29/09), três contratos para a originação de créditos de carbono na Amazônia e no Cerrado, além do primeiro negócio de comercialização de créditos, com o Banrisul. Com os negócios, passa a atuar em todo o ciclo do mercado de carbono, visto como de alto potencial diante das metas de descarbonização globais, aproveitando a ampla carteira de clientes que possui no agronegócio, em que é líder no País, e no segmento corporativo. Na originação, o banco fechou contratos com três grandes proprietários rurais, com áreas de preservação que somam mais de 70 mil hectares. Uma das propriedades está em Ipixuna (AM), com área preservada de 17,3 mil hectares de floresta amazônica; outra fica no Cerrado, e tem 16,3 mil hectares; a terceira, também no bioma amazônico, tem cerca de 28,1 mil hectares preservados. Os contratos preveem a geração de créditos de carbono ao longo de 20 anos. Juntos, devem produzir 290 mil créditos ao ano.

A categoria na qual se encaixam é a do desmatamento evitado, em que o Banco do Brasil detecta áreas de floresta nativa preservada excedentes às reservas legais nas propriedades de clientes, e que fazem jus a créditos de carbono anualmente. A ideia é incentivar a preservação das áreas conectando os produtores ao mercado de carbono. Além da preservação, a originação de créditos de carbono é possível em outras categorias. O banco tem mapeados, por exemplo, projetos de eficiência energética, reflorestamento e agricultura de baixo carbono. Os contratos assinados nesta quinta-feira (29/09) são os primeiros frutos das medidas anunciadas pelo banco em maio. O Banco do Brasil tem buscado oportunidades na carteira de clientes, como produtores rurais e empresas. A partir de análises em 80 propriedades por todo o País, as equipes técnicas mapearam cerca de 500 mil hectares de terra que podem ser habilitadas para o mercado de carbono. Desse total, 150 mil hectares ganharam o status de pré-avaliados para viabilidade de projetos. A amplitude da localização dos projetos mostra a capilaridade do banco e a capacidade de aproximação com clientes e parceiros.

O Banco do Brasil é o maior banco no financiamento ao agronegócio no País. Desde o anúncio das iniciativas, o banco tem afirmado que o objetivo é estar em todos os elos deste mercado. Hoje, o banco entrou em mais um deles com a assinatura de uma intenção de parceria em sustentabilidade com o Banrisul, o banco estatal do Rio Grande do Sul. A potencial parceria prevê a compra, pelo Banrisul, de créditos de carbono para compensar as emissões diretas de gases causadores do efeito estufa, o chamado escopo 1. A princípio, o Banrisul utilizará a plataforma do Banco do Brasil para compensar as emissões de 2021 através de um projeto desenvolvido no Rio Grande do Sul. O Banco do Brasil vai intermediar a contratação de energia de uma hidrelétrica localizada na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Banrisul entende a importância das ações para avançar rumo a uma economia de baixo carbono. Nesse sentido, está unindo forças e contando com a expertise do Banco do Brasil, que já realiza importantes projetos neste novo mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.