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28/Set/2022

Dólar em baixa após duas sessões seguidas de alta

Após dois pregões consecutivos de forte alta, em que acumulou valorização de 5,22% e chegou a esboçar fechamento acima de R$ 5,40, o dólar ensaiou um refresco no mercado de câmbio doméstico na sessão desta terça-feira (27/09). A moeda chegou até a romper o piso de R$ 5,30, ao registrar mínima a R$ 5,29 (-1,55%). Uma piora do ambiente externo, contudo, acabou levando a uma recomposição de posições defensivas. No fim do dia, o dólar, que chegou até a operar pontualmente em terreno positivo, era cotado a R$ 5,37, em baixa de 0,09%. A recuperação do Real e de seus pares emergentes, como o peso mexicano, foi limitada pelo fortalecimento da moeda norte-americana no exterior e pelo avanço das taxas longas dos Treasuries.

O índice DXY (termômetro do desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes) voltou a superar os 114,000 pontos (máxima aos 114,472 pontos), com novas perdas do euro e do iene. A libra, castigada nos últimos dias pela repercussão negativa do anúncio de plano econômico no Reino Unido, teve uma leve alta. A tendência de manutenção de dólar forte no mundo, aliada a uma postura mais cautelosa dos agentes às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil, acaba inibindo apostas mais contundentes a favor da moeda brasileira neste momento. A deflação de 0,37% do IPCA-15 de setembro e o tom duro ata do Comitê de Política Monetária (Copom) tiveram influência marginal na formação da taxa de câmbio.

Segundo a B.Side Investimentos, o dólar subiu muito rapidamente e havia espaço para uma correção no mercado local. Mas, a tendência ainda é de um dólar forte no mundo porque os juros vão subir nos Estados Unidos e o quadro não é bom para outras moedas fortes. A Europa está beirando uma recessão com a crise de energia, a libra despencou com o pacote econômico no Reino Unido e o iene continua fraco com a política monetária frouxa no Japão. Dirigentes do Federal reserve (Fed, o banco central norte-americano) voltaram a reforçar o discurso duro contra a inflação.

Tido como maior falcão do Fed, o presidente do Fed de St Louis, James Bullard, afirmou que é preciso agir enquanto o mercado de trabalho norte-americano está forte. Ele sinalizou que a provável taxa de juros terminal está ao redor de 4,5% e que há riscos de recessão nos Estados Unidos. No Brasil, o Copom reforçou, em sua ata, a mensagem do comunicado da semana passada, quando manteve a taxa de juros em 13,75%, mas acenou com possível retomada do ciclo de aperto caso a inflação não arrefeça. Na ata, o Copom diz que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.