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28/Set/2022

Preços globais de commodities estão pressionados

Os preços da maior parte das commodities agrícolas não foram capazes de resistir à pressão exercida pelo dólar fortalecido e pelas preocupações com uma possível recessão. Na Bolsa de Chicago, os contratos mais negociados de soja, milho e trigo encerraram a sessão de segunda-feira (26/09) em baixa, enquanto o preço do algodão chegou a cair mais de 4,5% na Bolsa de Nova York. A acentuada valorização do dólar provavelmente reduzirá a demanda por grãos e algodão dos Estados Unidos, tornando-os menos competitivos em termos de preço.

Isso também explica por que o preço do trigo na União Europeia na Euronext em Paris teve um desempenho um pouco melhor, com queda de 0,6%, o que ainda deixa as cotações significativamente mais altas do que na semana anterior. Outro fator baixista para o trigo são as previsões de safra da Rússia, que continuam sendo elevadas. O serviço de monitoramento de safras da União Europeia (MARS) aumentou sua estimativa para a safra da Rússia em mais de 6 milhões de toneladas, para 95 milhões de toneladas, o que constituiria um número recorde e excederia o nível do ano anterior em 25%. No entanto, a previsão ainda está aquém da estipulada pela consultoria russa SovEcon, que aumentou sua previsão para impressionantes 100 milhões de toneladas.

Há seis meses, a maior parte dos comerciantes esperava preços positivos no campo, no que diz respeito às commodities agrícolas, mas agora a maior parte deles projeta lucrar menos com preços mais baixos a médio e curto prazo. As preocupações aumentam com o impacto da inflação e do aumento das taxas sobre a demanda. Nesse contexto, a previsão é de baixa para a classe de ativos. Ainda assim, qualquer mudança no status de três fatores (a política do Federal Reserve - Fed, o crescimento da China e a guerra da Rússia) pode gerar diferentes resultados de demanda/preço. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.