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28/Set/2022

Américas: ação climática com a ciência como base

Os ministros e secretários de Agricultura de 32 países das Américas, reunidos sexta-feira (23/09) e sábado (24/09), em San José, na Costa Rica, afirmaram que as ações climáticas para uma agricultura mais sustentável devem ser baseadas na ciência, de maneira que resguardem e aumentem a produtividade, e não aprofundem a já preocupante crise alimentar atual. Esse consenso regional será levado à Conferência das Partes (COP27) de novembro, no Egito, informa o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), organizador do encontro de San José. Os ministros destacaram que os danos produzidos por causa da mudança do clima e os investimentos necessárias para a transformação da agricultura não podem ser assumidos pelo campo, sendo imprescindível que os países desenvolvidos cumpram seus compromissos de aportar financiamento internacional.

No atual cenário de crise alimentar global, o documento aprovado pelas delegações dos países das Américas salienta que a agricultura é parte da solução contra os fatores causadores da crise climática, já que os modos de produção das Américas vêm fortalecendo sua sustentabilidade há anos, incorporando práticas e tecnologias que aumentam a sustentabilidade da produção de alimentos e reduzem sua pegada ambiental. No documento de consenso ressaltou-se, ainda, que o aumento da insegurança alimentar e a situação climática global apresentam, de forma inter-relacionada, uma grande ameaça para todo o planeta, a qual deve ser abordada com profundidade e urgência. Nesse contexto, acrescentou-se que o setor agropecuário dos países das Américas, um dos principais produtores de alimentos do mundo, é altamente vulnerável aos fenômenos meteorológicos extremos, particularmente no Caribe e na América Central.

Os ministros de Agricultura também se comprometeram a trabalhar para aumentar o acesso aos fundos de financiamento climáticos para todos os países da região. O diretor geral do IICA, Manuel Otero, afirmou: “Essa reunião marca um antes e depois para o setor agrícola das Américas, que terá uma forte presença na COP-27. Não se trata de deslocar os negociadores ambientais, mas de somar esforços”. “Falta uma nova narrativa que deixe claro que não somos os vilões do filme. Somos um setor estratégico que, por meio da mitigação e da adaptação, pode fazer uma contribuição fundamental aos desafios globais”, acrescentou Otero. A COP-27 ocorrerá em novembro, na cidade egípcia de Sharm El Sheik, onde também se informará amplamente sobre as práticas sustentáveis da agricultura das Américas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.