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23/Set/2022

Eleições 2022: Lula pode vencer eleição no 1º turno

Segundo o banco Goldman Sachs, as pesquisas de intenção de voto mostram que o cenário mais provável é de um segundo turno nas eleições do Brasil em 2022, mas uma vitória em primeiro turno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode ser descartada. O "voto útil" é um vetor que poderia levar o petista a ganhar a disputa já no dia 2 de outubro. A dinâmica recente das pesquisas mostra que ainda é provável que as eleições só sejam definidas em um segundo turno, embora uma vitória em primeiro turno pelo ex-presidente Lula não seja impossível, especialmente se essas considerações sobre o voto útil se manifestarem. O agregador de pesquisas do Goldman Sachs mostra uma diferença de 10% entre Lula, que marca 44% das intenções de voto, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo colocado nas pesquisas, com 34,2%.

O principal vetor que pode impulsionar a campanha petista é o voto útil dos eleitores de Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na disputa (7,2%). O aumento do tíquete médio do Auxílio Brasil para R$ 600,00 parece ter tido pouco impacto positivo sobre as intenções de voto de Bolsonaro, embora o presidente tenha visto uma melhora da sua taxa de aprovação nos últimos meses. No entanto, a taxa de abstenção dos eleitores de Lula pode ser maior, o que corrobora a expectativa de segundo turno. Independentemente de quem seja o vencedor das eleições de 2022, o próximo presidente brasileiro ainda terá de formar uma coalizão multipartidária no Congresso Nacional. Nenhum dos favoritos nas pesquisas têm condições de eleger uma bancada sólida o bastante para garantir a governabilidade. Quem quer que seja eleito terá de construir uma coalizão multipartidária com diversos partidos de centro, e atingir uma maioria qualificada de dois terços da Câmara é um desafio que requer um capital político relevante e habilidades de negociação.

Nas contas do Goldman Sachs, a bancada dos partidos de esquerda e centro-esquerda na Câmara dos Deputados deve crescer de cerca de 130 agora para entre 155 e 175 na próxima legislatura, puxada pelo PT (de 57 para entre 65 e 75), ainda abaixo de uma maioria simples (257 de 513). Ao mesmo tempo, o PL e o PP (considerados o "núcleo duro" de Bolsonaro) podem eleger até 130 parlamentares, ou cerca de 25% do total. Com a necessidade de coalizões, é provável que alguns partidos de centro ocupem ministérios e ganhem controle sobre parte dos recursos no Orçamento do ano que vem. Os partidos centristas provavelmente definirão limites à política econômica e o próximo presidente provavelmente terá de lidar com uma das legislaturas mais autônomas e independentes em décadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.