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22/Set/2022

Brasil: ociosidade do capital humano registra recuo

De acordo com dados da 52ª Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o grau de ociosidade do capital humano, que leva em consideração a taxa de desocupação da população economicamente ativa ajustada pela qualificação da força de trabalho, recuou a 7,2% no segundo trimestre de 2022, abaixo do apurado no ápice da série histórica, de 11,5%, no terceiro trimestre de 2020. O resultado sugere que o hiato do fator capital humano está se aproximando do zero. O indicador está 1,9 ponto acima do valor mínimo observado na série, no primeiro trimestre de 2014. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a taxa de ociosidade contraiu 0,9 ponto, enquanto a taxa de desemprego, de 9,2% no segundo trimestre de 2022, com ajuste sazonal do Ipea, retraiu 1,7 ponto.

A trajetória da taxa de desemprego é avaliada como proxy para a subutilização do trabalho é um potencial instrumento para avaliar o aquecimento da economia, na medida em que os trabalhadores menos qualificados são mais expostos às flutuações econômicas ao longo dos períodos de expansão e retração. A partir desta consideração, o instituto analisa que a queda do nível da taxa apurada desde o primeiro trimestre de 2021, diferente do ocorrido após a recessão econômica (2014-2016), indica uma recuperação relativamente mais forte no mercado de trabalho para indivíduos menos qualificados do ponto de vista laboral ao longo desta fase de recuperação econômica.

Após atingir o ápice da série histórica no fim de 2020 (123,1 pontos), o Índice de Qualificação do Trabalho (IQT) contraiu ao longo de 2021, para 120,1 pontos no quarto trimestre e, depois de um momento de estagnação, fechou o segundo trimestre deste ano a 119,5 pontos. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal, houve um ligeiro avanço de 0,16%. Na mesma base de comparação, as horas efetivamente trabalhadas cresceram 2,31%. O afrouxamento das medidas restritivas e a consequente retomada do emprego presencial, especialmente no setor de serviços, favoreceu a demanda por mão de obra com baixa qualificação, o que explica a queda do IQT em 2021 e o crescimento precedente do índice em 2020. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.