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22/Set/2022

UE vai aliviar sanções para alguns produtos russos

A União Europeia reverteu diretrizes sobre como aplicar suas sanções econômicas contra a Rússia. A decisão representa uma tentativa de contornar as alegações do governo russo de que as medidas do bloco estão levando a uma crise alimentar nos países em desenvolvimento. A Comissão Europeia, enviou novas orientações aos Estados-membros na segunda-feira (19/09) que deixam claro que fertilizantes, carvão e alguns outros produtos russos podem ser transferidos para o resto do mundo pelo bloco, e que seguro e outros serviços podem ser oferecidos para o transporte desses produtos. Em 10 de agosto, a Comissão Europeia emitiu uma diretriz a seus Estados-membros explicando que a compra, importação ou transferência, de forma direta ou indireta, de certos bens, incluindo alguns fertilizantes, estavam proibidas. A proibição à transferência se aplica independentemente do destino final dos bens.

No fim de agosto, quando atualizou sua diretriz, a Comissão reiterou que a transferência de certos produtos estava proibida e que empresas da União Europeia não poderiam oferecer serviços de corretagem e seguro. Companhias do bloco detêm participação significativa no mercado global de transporte e seguro marítimo. A nova orientação foi discutida em reunião informal de ministros de Relações Exteriores da União Europeia em Nova York na segunda-feira (19/09), com algumas autoridades reclamando que as novas medidas abriram as portas para o transporte de mercadorias não relacionadas à segurança alimentar, segundo pessoas envolvidas na discussão. Um porta-voz da Comissão Europeia defendeu as mudanças, dizendo que o bloco precisa permitir o transporte de fertilizantes, carvão e alguns outros bens essenciais, incluindo uma categoria limitada de materiais de construção. Autoridades de países do Ocidente estão usando a reunião desta semana da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York para rebater as alegações russas.

Na terça-feira (20/09), em um encontro especial sobre a situação alimentar do mundo, líderes pediram a doação de mais dinheiro para combater a fome e eliminar as barreiras à oferta de alimentos. Nesta quarta-feira (21/09), o presidente Joe Biden disse que os Estados Unidos desembolsariam mais US$ 2,9 bilhões em ajuda à segurança alimentar global. Países do Ocidente dizem que a invasão da Ucrânia pela Rússia e o bloqueio russo que durou meses na costa ucraniana do Mar Negro são os responsáveis pela crise de alimentos e energia. Já a Rússia coloca a culpa nas sanções dos países Ocidentais. Em reunião no Uzbequistão na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Comissão Europeia de permitir que seus membros importem fertilizantes russos, enquanto negam o acesso do resto do mundo aos produtos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.