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16/Set/2022

Mercado de Carbono tem potencial de crescimento

O mercado de crédito de carbono tem crescido ao redor dos 30% ao ano no Brasil e tem potencial de se multiplicar nos próximos anos, mas ainda carece de escala. Por trás, objetivos que tocam dores que expõem o País internacionalmente: o desmatamento e a manutenção das florestas de um lado e a redução de emissões de gases de efeito estufa, que são os grandes causadores das mudanças climáticas. No ano passado, o mercado de crédito de carbono no Brasil atingiu a casa dos US$ 2 bilhões. A expectativa é que o segmento dê um salto nos próximos anos, podendo alcançar US$ 50 bilhões até 2030, de acordo com projeções da consultoria global McKinsey.

Segundo a Carbonext, o mercado de crédito de carbono no Brasil é grande e vai ficar maior ainda se fizer da maneira correta. O maior entrave no Brasil está no desmatamento da Amazônia. Se não o solucionar, não conseguirá avançar no mercado voluntário de crédito de carbono. Por outro lado, também é a "maior solução" dado o potencial da região. Para o Future Carbon Group, o grande desafio é o potencial de escala. É preciso escalar de maneira mais rápida e possível. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) defendeu que o Brasil assuma uma posição relevante também na área de certificação dos créditos, que ainda é um monopólio internacional e eleva o custo do mercado.

Foi destacada a importância do desenvolvimento de estruturas financeiras para o segmento e com formatos que deem segurança aos investidores, áreas em que o banco está debruçado. O BNDES está fomentando a demanda e quer fazer próximas rodadas com empresas, mas existe um gargalo de certificação concreto. Dois editais foram lançados pelo BNDES para a compra de um total de R$ 110 milhões de créditos de carbono. Para a Biofílica Ambipar, uma questão que merece atenção para o desenvolvimento do mercado de crédito de carbono do Brasil diz respeito à regulação. É preciso tomar cuidado da parte regulatória do mercado voluntário, para não burocratizar um segmento que já é desenvolvido por si mesmo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.