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16/Set/2022

BC: IBC-Br indica 3º trimestre positivo na economia

Conforme o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), a economia brasileira mostrou expansão de 2,09% no acumulado de 12 meses até julho. Em 2022 até o sétimo mês, a alta é de 2,52%. A projeção atual do Banco Central para a atividade doméstica em 2022 é de crescimento de 1,7%, conforme o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que pode ser atualizado no fim deste mês. O IBC-Br teve alta de 0,89% no trimestre até julho na comparação com os três meses anteriores (fevereiro a abril), pela série ajustada sazonalmente. Na comparação com o mesmo período de 2021, houve alta de 3,56% pela série sem ajustes sazonais. Em mais uma surpresa positiva, a economia brasileira apresentou forte crescimento em julho ante junho.

O indicador subiu 1,17%, considerando a série livre de efeitos sazonais, marcando o segundo avanço consecutivo. Em junho, a alta havia sido de 0,93%. De junho para julho, o índice de atividade passou de 143,86 pontos para 145,55 pontos na série dessazonalizada, o maior valor desde dezembro de 2014 (146,22 pontos). Na comparação entre os meses de julho de 2022 e de 2021, houve crescimento de 3,87% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 148,86 pontos em julho, o melhor desempenho para o período também desde 2014 (149,85 pontos). Conhecido como uma espécie de prévia do BC para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

O IBC-Br teve alta de 0,89% no trimestre até julho na comparação com os três meses anteriores (fevereiro a abril), pela série ajustada sazonalmente. Na comparação com o mesmo período de 2021, houve alta de 3,56% pela série sem ajustes sazonais. Segundo o Banco BV, o crescimento de 1,17% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em julho surpreendeu bastante e contribui com o entendimento de que se trata do terceiro trimestre com desempenho positivo da economia, pelo menos no agregado. O recuo apurado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) em julho, de 0,7% nas vendas do varejo ampliado, sinaliza que o enfraquecimento está começando a bater um pouco mais na economia, mas não o suficiente para se refletir em um desempenho mais fraco.

Para a MB Associados, a melhora do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) está mais relacionada ao quadro conjuntural, com efeitos positivos da recuperação da atividade na saída da pandemia e do aumento das cotações das commodities no exterior, do que às medidas de impulso fiscal anunciadas pelo governo. Há efeitos positivos na atividade e bons números vindo principalmente de Estados que têm um peso maior de commodities na receita. Todo o aumento de preços das commodities agrícolas foi positivo para o setor em termos de renda e tudo isso ajuda na expectativa de crescimento para este ano. Os resultados do setor de Serviços também têm sido positivos para a atividade brasileira, mas o segmento sente os impactos mais fortes da inflação elevada no País e pode ter um crescimento mais limitado à frente.

A preocupação não é tanto da inflação cheia, que desacelera com força por conta de combustíveis e energia, mas da inflação subjacente interna que continua a pesar. E ainda é preciso considerar o ponto de vista fiscal, que pode implicar em uma taxa de câmbio mais pressionada e trazer preocupações de que os preços voltem a virar um problema. A solução do Banco Central deve ser a de manter os juros em níveis elevados pelo maior tempo possível para que a inflação convirja à meta em 2024. Porém, mesmo com os números positivos do IBC-Br de julho, esses efeitos conjunturais são temporários e a expectativa ainda é de uma desaceleração da atividade à frente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.