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14/Set/2022

Brasil: distância social entre Regiões se acentuou

O Brasil está saindo da pandemia de forma mais desigual e com discrepâncias cada vez mais acentuadas entre suas cinco regiões. O ranking anual de competitividade dos Estados feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) mostra que a distância social e econômica aumentou, situação que deveria ser foco dos próximos gestores a serem eleitos neste ano. O ranking avalia os desempenhos de cada Unidade da Federação em 86 indicadores nas áreas de educação, infraestrutura, sustentabilidade ambiental e social, segurança pública, inovação, eficiência da máquina pública, capital humano e potencial de mercado.

Pelo resultado deste ano, saltam aos olhos que, no pós-pandemia, as diferenças entre os dois 'Brasis' tenham aumentado, reforçando ainda mais a desigualdade social entre os Estados das Região Sul, Sudeste e Centro Oeste e os das Região Norte e Nordeste. Pelas pontuações calculadas com base em indicadores de domínio público, os 11 primeiros colocados no ranking são todos das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o que reduz ainda mais a capacidade de competição dos Estados das Regiões Norte e Nordeste, principalmente para atrair investimentos privados. No topo da lista, estão São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

Do 12º aos 27º lugares, só há Estados das Região Norte e do Nordeste, com a Paraíba na melhor colocação. São Paulo sempre liderou a lista, e este ano teve pontuação de 83,2, quase três vezes a do último colocado, o Acre, com 30,2. Para a Tendências Consultoria, parceira do CLP na realização do estudo, é comum ver algum Estado das Regiões Norte e Nordeste no fim do ranking. Nas duas próximas edições ainda haverá reflexos da pandemia no ranking, que está em sua 11ª edição. O Amazonas, por exemplo, ficou em 10º lugar, em 2020, e em 11º, em 2021, inserido entre os Estados mais bem posicionados. Neste ano, caiu para a 16ª posição.

Isso reforça ainda mais a desigualdade social do País, o quanto está dividido e o quanto a pandemia piorou e acentuou essa situação. O estudo pode servir de base para os gestores públicos avaliarem o que deve ser prioridade nos seus Estados, para a população avaliar o que foi feito e o que precisa ser foco do próximo eleito e para a iniciativa privada definir novos investimentos. Apesar de se manter no topo, São Paulo ficou abaixo do resultado do período pré-pandemia, quando somou 87,4 pontos. Entre os indicadores que pesaram na queda, estão segurança pública e solidez fiscal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.