ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

13/Set/2022

Inflação: combustíveis pressionam projeção de 2024

Após a pesquisa Focus desta segunda-feira (12/09), diante das incertezas sobre a política que será adotada no Planalto em 2023, seja sob Jair Bolsonaro ou outro presidente, parte do mercado já começa a colocar na conta a probabilidade de retorno da cobrança de impostos federais sobre combustíveis em 2024. Economistas avaliam que isso pode explicar a alta da mediana para o ano, que atingiu 3,47%, de 3,43% no relatório anterior, contra um centro da meta de 3,0%. No envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do ano que vem, o governo reservou R$ 52,9 bilhões para manter a desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis, política que originalmente terminaria no fim de 2022.

Para os anos seguintes, não há definição: a cobrança pode ser retomada, diante do alto custo fiscal, ou a zeragem pode virar permanente. Segundo a ASA Investments, a alta da mediana para o IPCA de 2024 é o aumento da incerteza com os impostos. E pode ter algo de incerteza política, qual vai ser o cenário fiscal, o que acaba complementando essa questão de impostos. Segundo a Armor Capital, a mediana para o IPCA de 2023 (5,27% para 5,17%) está reagindo à manutenção da desoneração por mais um ano. Importante lembrar da inércia menor com a queda de projeções para 2022, hoje em 6,40%. O aumento da mediana de 2024 é o inverso da moeda. Como só há proposta de Orçamento para o ano que vem, teoricamente deveria subir 2024, ainda que haja uma grande chance de a política ser sempre prorrogada.

A ASA reduziu a projeção para o IPCA de 2023 depois do PLOA de 5,30% para 4,70%, já dentro do limite de tolerância da meta do ano que vem, que vai até 4,75%. Para 2024, a Armor não alterou a projeção, atualmente em 3,60%, pois prefere esperar o discurso de quem ocupar o Planalto em 2023 sobre o assunto. O Banco Alfa avalia que o Banco Central deve manter o discurso mais duro para debelar a perspectiva de queda de juros rápida do mercado mesmo com a alta de projeções do IPCA de 2024. Não está descartada nem uma nova elevação de 0,25% na próxima reunião para reforçar o discurso. O Banco Alfa espera oficialmente 13,75% de Selic no fim deste ano e 11,75% no término de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.