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12/Set/2022

Inflação cai em agosto e alimentos seguem em alta

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,36% em agosto, ante um recuo de 0,68% em julho. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 4,39%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 8,73%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve redução de 0,31% em agosto, após uma redução de 0,60% em julho. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 4,65% no ano. A taxa em 12 meses foi de 8,83%. Em agosto de 2021, o INPC tinha sido de 0,88%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. Os gastos das famílias com transportes passaram de uma redução de 4,51% em julho para um recuo de 3,37% em agosto, um impacto de -0,72% sobre a taxa de -0,36% registrada pelo IPCA no último mês. A queda foi puxada pela redução de 10,82% no preço dos combustíveis.

A gasolina caiu 11,64%, o impacto negativo mais intenso entre os 377 subitens que compõem IPCA, com -0,67%, enquanto o etanol recuou 8,67%, uma contribuição de -0,07%. O preço do gás veicular diminuiu 2,12%, e o óleo diesel caiu 3,76%. O preço da gasolina nas refinarias foi reduzido pela Petrobras em R$ 0,18 por litro em 16 de agosto. As passagens aéreas caíram 12,07% em agosto, impacto de -0,08% no IPCA, após quatro meses de altas. O subitem táxi subiu 0,38%. O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 1,30% em julho para uma elevação de 0,24% em agosto. O grupo contribuiu com 0,05% para a taxa de -0,36% do IPCA do último mês. A alimentação no domicílio aumentou 0,01% em agosto. Houve altas em itens importantes na cesta das famílias, como o frango em pedaços (2,87%), queijo (2,58%) e frutas (1,35%). na direção oposta, ocorreram quedas expressivas nos preços do tomate (-11,25%), batata-inglesa (-10,07%) e óleo de soja (-5,56%).

O preço do leite longa vida caiu 1,78% em agosto, contribuindo com -0,02% para o IPCA do mês, após ter subido 25,46% em julho. Essa desaceleração em alimentação e bebidas, tem a ver com a queda no leite. Esse foi o principal fator que mudou de julho para agosto. Os preços continuam em patamar elevado. A leve queda no preço do leite em agosto reflete tanto uma base de comparação muito elevada como uma aproximação do fim do período de entressafra, que costuma se estender até setembro. O leite longa vida ainda acumula uma alta de 74,68% apenas neste ano. A alimentação fora domicílio subiu 0,89% em agosto. A refeição fora de casa aumentou 0,84%, e o lanche teve elevação de 0,86%. As famílias brasileiras gastaram 0,10% a mais com habitação em agosto, uma contribuição de 0,02% para a taxa de -0,36% registrada pelo IPCA. Houve queda de 1,27% na energia elétrica residencial, menos intensa que a do mês anterior (-5,78%). Ainda no grupo Habitação, o gás encanado subiu 0,26%. A taxa de água e esgoto aumentou 0,05%.

Sete dos nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em agosto. As famílias gastaram mais com Alimentação e bebidas (0,24%), Saúde e cuidados pessoais (1,31%, impacto de 0,17%), Artigos de residência (0,42%), Vestuário (1,69%, impacto de 0,08%), Despesas pessoais (0,54%, impacto de 0,05%), Educação (0,61%) e Habitação (0,10%). As quedas ocorreram em Transportes (-3,37%) e Comunicação (-1,10%, impacto de -0,06%). No grupo Comunicação, houve redução nos planos de telefonia fixa (-6,71%) e de telefonia móvel (-2,67%). Em Saúde e cuidados pessoais, as principais pressões partiram de itens de higiene pessoal (2,71%) e plano de saúde (1,13%). No caso do plano de saúde, foi incorporada a fração mensal referente ao reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para os planos novos, que têm peso de 89% no painel do subitem. No grupo Vestuário, os destaques foram os aumentos nas roupas femininas (1,92%), masculinas (1,84%) e calçados e acessórios (1,77%).

Em Educação, os cursos regulares subiram 0,51%, embora os cursos de pós-graduação tenham recuado 1,46%. Houve pressão dos aumentos na educação de jovens e adultos (3,68%), creches (1,41%) e cursos técnicos (1,02%). Três das dezesseis regiões investigadas registraram alta de preços em agosto. A queda de 0,36% registrada pelo IPCA em agosto foi a deflação mais intensa para o mês desde 1998, quando tinha recuado 0,51%. Considerando todos os meses do ano, o resultado de agosto de 2022 foi a quarta menor taxa da série histórica iniciada em janeiro de 1980. No mês de agosto de 2021, o IPCA tinha sido de 0,87%. A taxa em 12 meses passou de 10,07% em julho para 8,73% em agosto, após rodar no patamar de dois dígitos por 11 meses consecutivos. O resultado foi o mais baixo desde junho de 2021, quando estava em 8,35%. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,5%, com teto de tolerância de 5%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.