09/Set/2022

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na quarta-feira (07/09) que avalia discutir mudanças no acordo que permite à Ucrânia exportar seus grãos pelo Mar Negro. Ele afirmou que o acordo está entregando grãos, fertilizantes e outros alimentos para a União Europeia e a Turquia, e não para países pobres cujos interesses foram o pretexto para o fechamento do acordo. Putin considera limitar a exportação de grãos e outros alimentos ao longo dessa rota.

Porém, números da Organização das Nações Unidas (ONU) que supervisiona o acordo, de 27 de agosto, mostram que pelo menos 75% das cargas de grãos que deixaram a Ucrânia foram destinadas a países não pertencentes à União Europeia, como Turquia, Coréia do Sul, Irã e Egito. os países da União Europeia que recebem as cargas representam 23% dos destinos relatados. Os dados se referem ao destino dos navios que saem dos portos da Ucrânia e que foram inspecionados pelo Centro de Coordenação Conjunta da ONU em Istambul (Turquia). O destino das frotas pode ser alterado durante a viagem.

A Ucrânia afirmou que os termos do acordo estão sendo rigorosamente cumpridos e não há motivos para renegociá-lo. As declarações foram consideradas inesperadas e infundadas, além de indicar uma tentativa de encontrar novos pontos de discussão agressivos para influenciar a opinião pública global e, acima de tudo, pressionar as Nações Unidas. O acordo entre Rússia e Ucrânia, assinado em 22 de julho com a intermediação da Organização das Nações Unidas e da Turquia, tem validade por três meses. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.