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06/Set/2022

Mercado de trabalho aquecido levará à alta de juros

Apesar do risco de recessão e dos efeitos econômicos da guerra na Ucrânia, o mercado de trabalho nas economias desenvolvidas, para além dos Estados Unidos, segue apertado. A taxa de desemprego está abaixo de 4% em alguns países e, em alguns casos, como Canadá e Zona do Euro, encontra-se no menor nível já registrado. Como resultado, os bancos centrais contam com mais espaço para seguir com seus apertos monetários, e analistas projetam maiores altas nos juros levando em conta a resiliência do emprego. O Bank of America afirma que os países se beneficiaram com a reabertura das economias com o desenrolar da pandemia, e que o aumento do desemprego na Europa foi muito menor devido às políticas de retenção de mão de obra.

A taxa de desemprego da Zona do Euro atingiu uma mínima recorde em julho, de 6,6%. O cenário na região favorece a perspectiva para uma nova alta de juros de 0,75% do Banco Central Europeu (BCE) em sua próxima reunião de política monetária. No Reino Unido, o desemprego atingiu uma taxa de 3,6%, mas as previsões do Banco da Inglaterra (BoE) apontam para um aumento nos próximos dois anos. Para o ING, os dirigentes estão procurando sinais de que as empresas estão “acumulando” funcionários mesmo quando as margens são apertadas, em meio a preocupações sobre sua capacidade de recontratar novamente no futuro.

Neste cenário, o banco holandês projeta que o BoE deve voltar a aumentar os juros em 0,50%. Na Austrália, a taxa desemprego de 3,4% é a menor desde 1974. Para o banco local ANZ, os indicadores apontam para ganhos de emprego nos próximos meses e novas quedas na taxa. Desta forma, a projeção é de que o banco central da Austrália (RBA está a caminho de aumentar mais 0,50% os juros em sua reunião de setembro. O Canadá atingiu sua mínima histórica no desemprego (4,9%). No país, não é descartada elevação de 0,75% nos juros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.