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02/Set/2022

China: piora na pandemia de Covid afeta economia

Segundo o Citi, a situação da pandemia de Covid-19 se deteriorou na última semana com maior mobilidade das pessoas na China. A produção industrial pode estar se estabilizando, enquanto as pressões de fornecimento de energia começam a diminuir. O último impulso político ainda não foi aprovado, mas o governo chinês agora coloca maior ênfase na execução de políticas públicas. Os casos de Covid-19 ressurgiram em algumas cidades maiores, na China. As infecções diárias em Shenzhen aumentaram para 62 no dia 31 de agosto contra 6 há uma semana, e a cidade fechou locais de entretenimento e interrompeu os serviços de jantar em alguns distritos. Guangzhou relatou 9 casos no dia 31 de agosto e interrompeu os serviços de refeições e reduziu os serviços de ônibus e metrô. Infecções esporádicas ainda foram encontradas em Xangai e Pequim, relatando um total de 20 e 11 casos na semana passada, respectivamente.

Entre as cidades de Nível 2, Xining (capital de Qinghai) bloqueou toda a cidade desde 29 de agosto. Dalian iniciou o gerenciamento estático para suas principais áreas urbanas, com três milhões de habitantes desde 30 de agosto. E Chengdu anunciou nesta quinta-feira (1º/09) a realização de testes em massa em toda a cidade por três dias e bloqueio, depois de aferir 820 casos desde 25 de agosto. Para o Citi, o impacto dos casos recentes de Covid-19 pode estar surgindo. Os índices de congestionamento de tráfego nas 100 principais cidades chinesas estão diminuindo, mas permanecem em grande parte resilientes até agora. Tanto o tráfego rodoviário quanto o número de passageiros do metrô começaram a cair em Shenzhen após os últimos relatos de casos, mas outras cidades de nível 1 ficaram estáveis na semana passada. A produção industrial chinesa pode ser medíocre em agosto, conforme sugerido pelos dados do PMI divulgados. Assim, as preocupações com a falta de energia podem diminuir com o final do verão. Já as atividades de investimento podem ter diminuído na semana passada.

Segundo a Capital Economics, a queda abaixo de 50 do índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial da China em agosto é mais um sinal de que o crescimento do gigante asiático estagnou, em quadro que deve piorar diante da perda de fôlego das exportações e a crise do setor imobiliário. O dado divulgado no dia 31 de agosto é mais significativo do que o PMI oficial que mostrou leve alta no mês passado. O indicador mais recente recuou abaixo de 50, nível que separa expansão e contração da manufatura. Os dados oficiais ainda sugerem que o setor de serviços chinês também está sob pressão, o que indica que a recuperação da onda da variante Ômicron do coronavírus perdeu força. Com os bloqueios por conta da Covid-19 se espalhando novamente, a demanda externa esfriando, o setor imobiliário ainda em espiral descendente e o estímulo não ganhando força, há poucas razões para esperar uma reviravolta no curto prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.