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02/Set/2022

PIB tem resultado positivo no 2º trimestre de 2022

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (1º/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 1,2% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB apresentou alta de 3,2% no segundo trimestre de 2022. O PIB do segundo trimestre de 2022 totalizou R$ 2,4 trilhões. O PIB da agropecuária subiu 0,5% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB da agropecuária mostrou queda de 2,5%. O PIB da indústria subiu 2,2% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB da indústria mostrou alta de 1,9%. O PIB de serviços subiu 1,3% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB de serviços mostrou alta de 4,5%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4,8% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2021, a FBCF mostrou alta de 1,5%. A taxa de investimento (FBCF/PIB) do segundo trimestre de 2022 ficou em 18,7%. A alta do indicador na margem é a maior desde o primeiro trimestre de 2021, quando a FBCF avançou 8%. As exportações diminuíram 2,5% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, as exportações mostraram queda de 4,8%. As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, subiram 7,6% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Essa alta é a maior desde o 1º trimestre de 2021 (11,9%). Na comparação com o segundo trimestre de 2021, as importações mostraram queda de 1,1%.

A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços. O consumo das famílias subiu 2,6% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Essa alta do consumo das famílias ante o mês imediatamente anterior é a maior desde o 4º trimestre de 2020 (3,1%). Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o consumo das famílias mostrou alta de 5,3%. Nessa comparação, trata-se do maior avanço desde o 2º trimestre de 2021 (10,5%). O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,9% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o consumo do governo mostrou alta de 0,7%. O crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, ante os três primeiros meses do ano, foi o maior nessa ótica de comparação desde o quarto trimestre de 2020.

Naquela ocasião, quando a economia ainda experimentava o início da retomada após ser atingida em cheio pela pandemia de Covid-19, o PIB cresceu 3,2% ante o trimestre imediatamente anterior. Pela ótica da demanda, o destaque foi o consumo das famílias, cujo avanço de 2,6% sobre o primeiro trimestre foi o maior também desde o quarto trimestre de 2020, quando houve crescimento, na margem, de 3,1%. A formação bruta da capital fixo (FBCF) teve no segundo trimestre de 2022 o melhor desempenho, nas comparações com trimestres imediatamente anteriores, desde o primeiro trimestre de 2021. Nos três primeiros meses do ano passado, a FBCF cresceu 8,0% sobre o quarto trimestre de 2020. A importação também teve o melhor desempenho desde o primeiro trimestre de 2021. O crescimento de 7,6% no segundo trimestre ante os três primeiros meses de 2022 foi o maior desde o salto de 11,9% verificado no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto de 2020.

Pela ótica da oferta, o destaque ficou com o PIB da indústria. O crescimento de 2,2% ante o primeiro trimestre deste ano foi o maior desde o terceiro trimestre de 2020. No primeiro trimestre de recuperação após o baque causado pela pandemia, o PIB da indústria havia saltado 14,7%, após o fundo do poço da crise sanitária, registrado no segundo trimestre de 2020. O crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, ante igual período de 2021, foi o melhor desempenho, na ótica de comparação interanual, desde o segundo trimestre de 2021, quando houve um salto de 10,5% sobre o segundo trimestre de 2020. Naquela ocasião, vários componentes do PIB haviam registrado variações recorde, porque a base de comparação se dava contra o auge da crise causada pela Covid-19. Pela ótica da demanda, a alta de 3,2% no consumo das famílias sobre o segundo trimestre de 2021 foi a maior desde o terceiro trimestre de 2021. Naquela ocasião, o consumo das famílias cresceu 4,0% na comparação com o terceiro trimestre de 2020.

Pela ótica da oferta, o destaque ficou, dentro do PIB da indústria, com a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. O salto de 10,8% ante o segundo trimestre de 2021 foi a maior nessa ótica de comparação desde o quarto trimestre de 2002, 20 anos atrás. Naquela ocasião, a atividade saltou 16,1% ante um ano antes. O avanço de 1,2% registrado no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022 fez o Produto Interno Bruto (PIB) do País ficar 3,0% acima do patamar do quarto trimestre de 2019, no período pré-pandemia de Covid-19. O PIB brasileiro alcançou o segundo maior patamar da série histórica, atrás apenas do pico alcançado no primeiro trimestre de 2014. Após quatro trimestres seguidos de avanços, o PIB está apenas 0,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Segundo o Ministério da Economia, a alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano confirma a sustentação da atividade doméstica. O resultado acumulado no primeiro semestre já coloca um carregamento estatístico de crescimento de 2,4% em 2022, mesmo que não haja mais variação no PIB na segunda metade do ano. Observa-se que o Brasil apresenta ritmo de crescimento da atividade econômica de forma mais rápida do que outros países, inclusive quando comparado a alguns países emergentes. Na amostra de países do G-20 e que já divulgaram seus resultados trimestrais, o Brasil apresentou o 2º melhor resultado na margem para o PIB do segundo trimestre. Cabe destacar que a continuidade da melhora da atividade local ocorre a despeito da deterioração nas projeções do PIB nas principais economias mundiais. No último Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), de julho, a equipe econômica elevou a projeção de crescimento do PIB de 2022 de 1,5% para 2,0%, patamar para o qual vem convergindo também as projeções de mercado, que começaram o ano mais pessimistas.

A SPE deve atualizar essa projeção no boletim de setembro. Essa sequência de revisões reflete a visão de que as condições econômicas no Brasil estão resilientes, apesar das dificuldades impostas pelo cenário mundial que inclui a elevação recorde de custos de produção e de preços ao consumidor em todo o mundo. É destaque o avanço do setor de serviços, a recuperação da agropecuária após problemas climáticos e a retomada na produção de bens de capital, com impacto na indústria. Observa-se elevação da taxa de investimento, alcançando patamar de 18,7% do PIB%, a maior observada para o segundo trimestre desde 2014. A SPE observa ainda que o PIB acumulado em quatro trimestres é de 2,6%. Desde 2021, a economia brasileira demonstra capacidade de sustentar a retomada da atividade após choques adversos, como a pandemia e elevação histórica da inflação mundial. O primeiro semestre de 2022 manteve o crescimento da atividade, apesar do ambiente de incerteza gerado pelos reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.