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01/Set/2022

Brasil: desemprego tem recuo no trimestre até julho

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 9,1% no trimestre encerrado em julho. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,7%. No trimestre encerrado em junho de 2022, a taxa de desocupação estava em 9,3%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.693,00 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 260,699 bilhões no trimestre até julho, alta de 6,1% ante igual período do ano anterior.

No trimestre terminado em julho, faltou trabalho para 24,307 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 22,5% no trimestre até abril para 20,9% no trimestre até julho. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até julho de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 27,9%. A população subutilizada caiu 6,9% ante o trimestre até abril, 1,789 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até julho de 2021, houve um recuo de 24,0%, menos 7,690 milhões de pessoas. O País registrou uma abertura de 2,154 milhões de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre.

A população ocupada alcançou um recorde de 98,666 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho de 2022. Em um ano, mais 8,000 milhões de pessoas encontraram uma ocupação. A população desocupada diminuiu em 1,467 milhão de pessoas em um trimestre, totalizando 9,882 milhões de desempregados no trimestre até julho. Em um ano, 4,525 milhões deixaram o desemprego. A população inativa somou 64,651 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, 295 mil a menos que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente encolheu em 1,896 milhão de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) passou de 55,8% no trimestre encerrado em abril para 57,0% no trimestre até julho.

No trimestre terminado em julho de 2021, o nível da ocupação era de 52,8%. O Brasil registrou 4,229 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em julho. O resultado significa 221 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em abril, um recuo de 5,0%. Em um ano, 1,045 milhão de pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 19,8%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 6,6% no trimestre até julho de 2022, ante 6,8% no trimestre até abril.

Em todo o Brasil, há 6,486 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até abril para o trimestre até julho, houve um recuo de 73 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 1,337 milhão de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. O trimestre encerrado em julho de 2022 mostrou uma abertura de 555 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em abril. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, 3,250 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.

O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 35,801 milhões no trimestre até julho, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram um recorde de 13,075 milhões, 601 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até julho de 2021, foram criadas 2,157 milhões de vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 326 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,873 milhões, patamar recorde na série comparável. O resultado significa 872 mil pessoas a mais atuando nessa condição em relação a um ano antes. O número de empregadores aumentou em 162 mil em um trimestre. Em relação a julho de 2021, o total de empregadores é 597 mil superior. O País teve um aumento de 62 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,832 milhões de pessoas.

Esse contingente é 718 mil pessoas maior que no ano anterior. O setor público teve 545 mil ocupados a mais no trimestre terminado em julho ante o trimestre encerrado em abril. Na comparação com o trimestre até julho de 2021, foram abertas 589 mil vagas. Segundo a Greenbay Investimentos, a queda da taxa de desemprego brasileira a 9,1% no trimestre até julho indica que o mercado de trabalho continua em recuperação. Mas, os demais dados da Pnad Contínua sinalizam desaceleração desta tendência. O resultado marcou a quinta contração seguida do desemprego, que era de 9,3% no trimestre até junho. Essa redução corresponde a uma queda de 9,0% para 8,9% no período, na série com ajuste sazonal. A taxa dessazonalizada caiu menos agora.

A Greenbay prevê que o Brasil está próximo do fim desse processo de recuperação do mercado de trabalho. Como exemplo do arrefecimento, entre maio e junho, o desemprego com ajuste cedeu de 9,6% para 9,0%. Entre os destaques, pode-se citar ainda a desaceleração do ritmo de crescimento da população ocupada na Pnad. Nos últimos três meses, o volume de pessoas empregadas cresceu, em média 0,8% a 1,0% por leitura, na série com ajuste sazonal. Na pesquisa divulgada nesta quarta-feira (31/08), a alta foi de 0,2% na margem. A tendência é de mais algumas leituras com queda do desemprego. No fim do ano, a taxa deve voltar a crescer, com a desaceleração da atividade. A previsão de desocupação é de 9,1% no quarto trimestre, com uma média de 9,8% em 2022. Em 2023, a média deve ficar entre 10% e 10,5%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.