31/Ago/2022

O lançamento de um edital para comprar até R$ 100 milhões em créditos de carbono faz parte de uma estratégia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fomentar esse mercado. O banco de fomento tem apetite para lançar um edital desse porte, ou um pouco maior, de até R$ 150 milhões, por ano. O banco considera que essa commodity físico-financeira precifica bem o processo de descarbonização. É uma moeda que vai estimular a maior ou menor velocidade. O lançamento, nesta terça-feira (30/08), do edital para comprar até R$ 100 milhões em créditos de carbono ocorre após uma experiência piloto do início do ano.

Lançado em março, a chamada experimental pretendia comprar até R$ 10 milhões em créditos, e acabou comprando R$ 8,7 milhões, em cinco propostas. A experiência do início do ano mostrou que é possível aceitar propostas maiores, de projetos mais robustos. No edital experimental, havia um limite de R$ 2 milhões por proposta. Na chamada lançada agora, o limite por proposta subiu para R$ 25 milhões. A ideia é dar ‘guidances’, fazer chamadas anuais, de tal forma que o mercado vá evoluindo.

Embora a perspectiva com o cumprimento, ainda que parcial, das metas de redução de emissões de gases do efeito estufa rumo à transição para uma economia de baixo carbono, seja de elevação das cotações dos créditos de carbono, o BNDES vislumbra uma série de usos para os títulos que serão comprados pelo banco de fomento nas chamadas. Os créditos adquiridos poderão tanto servir para o BNDES compensar suas próprias emissões quanto para serem “empacotados” em produtos financeiros que poderão ser vendidos a mercado ou para lastrear financiamento oferecidos a clientes da instituição de fomento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.