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18/Ago/2022

Inflação: alimentos devem arrefecer no 2º semestre

Os índices gerais de preços apurados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) devem voltar a registrar deflação nas próximas leituras, pelo menos até o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) no fechamento de agosto. O movimento será puxado pela queda das commodities no mercado internacional e pelas reduções nos preços da gasolina. O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) recuou 0,69% em agosto, após ter aumentado 0,60% em julho. Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10, os preços no atacado medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) tiveram redução de 0,65% em agosto. Os preços no varejo verificados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) apresentaram queda de 1,56%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,74%.

A deflação vai persistir. No IPA, o risco de recessão global está derrubando os preços de commodities no mundo inteiro, parece que não tem piso. Vai desacelerar esse ritmo de perda das cotações, mas a tendência ainda é para baixo. No IPC, a leitura é a mesma do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, apurado pelo IBGE) de julho, efeito da redução do ICMS (sobre combustíveis e energia elétrica). Esse impacto ocorreu na janela do IPC-10, mas a próxima leitura ainda vai pegar também as três reduções da gasolina pela Petrobras. E o movimento de queda das commodities também alivia os preços dos bens industriais. A expectativa é de alívio inflacionário por todo o segundo semestre.

Além da tendência de deflação pelas próximas leituras, o cenário inflacionário ainda contará com a ajuda de um alívio dos preços dos alimentos a partir de outubro, devido a uma característica sazonal que melhora a oferta de produtos como o leite e derivados, itens que atualmente pressionam tanto a inflação no atacado quanto no varejo. Os pastos começam a melhorar a partir da primavera se firma. Mesmo que precisem de ração, a soja e o milho estão com preços em queda livre. O IGP-10 acumulou um aumento de 8,43% de janeiro a agosto deste ano. A taxa acumulada em 12 meses até agosto ficou em 8,82%. Há dois cenários: se houve uma recessão global muito forte, o IGP fecha 2022 em 5,5%; e se a recessão for média, fica em 7%. A recessão já está comprada. Mas, há algum piso para essa queda de commodities. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.