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18/Ago/2022

China: seca e calor podem prejudicar as lavouras

Rios secos, calor escaldante e racionamento de energia em partes da China estão interrompendo o funcionamento das fábricas e ameaçando o rendimento das colheitas. Analistas temem que o cenário prejudique a produção de culturas como arroz e milho para a safra de outono nas regiões centrais do país e ao longo da bacia do Rio Yangtze. O rio está no nível mais baixo desde o início dos registros, de acordo com dados publicados na segunda-feira (15/08) pelo Ministério de Recursos Hídricos da China. Partes da China estão sofrendo sua pior onda de calor em seis décadas, com temperaturas de até 43ºC e o menor volume de chuva desde 1961, uma queda de 40% em relação ao ano passado. A previsão é de que o calor se mantenha nas próximas duas semanas.

A safra de milho está entre as culturas mais ameaçadas por se encontrar em um estágio onde o extremo calor ou as condições da água podem prejudicar os rendimentos. O efeito da seca junto com a onda de calor pode levar o governo chinês a importar mais milho do Brasil ou dos Estados Unidos. Os Estados Unidos são os maiores vendedores de milho para a China, que já enfrenta cortes nas exportações da Ucrânia, outro grande fornecedor. Para o ano que termina em setembro de 2023, a China deverá produzir 271 milhões de toneladas de milho e importar 18 milhões de toneladas, sendo a maior parte usada como ração animal, enquanto as aplicações industriais devem usar 81 milhões de toneladas, de acordo com previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A Sichuan Meifeng Chemical Industry informou que uma suspensão da produção causada pelo racionamento de energia deveria reduzir a fabricação de ureia em cerca de 15 mil toneladas e a produção de fertilizantes compostos em cerca de 6 mil toneladas, mas não teria um impacto significativo no desempenho operacional da empresa. Segundo a produtora Sichuan Lutianhua, a produção de fertilizantes também pode ser atingida. De acordo com a empresa, a redução de energia de Sichuan pode reduzir sua produção de ureia em cerca de 35 mil toneladas e sua produção de metanol em cerca de 10 mil toneladas, prejudicando os lucros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.