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18/Ago/2022

Custo do crédito para agronegócio seguirá elevado

Segundo a MB Associados, o custo de crédito para o agronegócio brasileiro tende a ficar elevado até o início de 2024, acompanhando a maior taxa Selic. O agronegócio sente as taxa de juros elevadas no crédito. A taxa deve ficar neste patamar por um bom tempo, talvez mais um ano. Provavelmente, haverá taxas de dois dígitos, em cerca de 11%, ao fim de 2023. Portanto, o custo do crédito deve continuar caro, pelo menos até o início de 2024. O custo do crédito está essencialmente atrelado ao risco fiscal do País e às incertezas quanto à taxa básica de juros. Para a taxa de juros cair, é preciso fazer ajuste fiscal e não há sinais nem de Lula e nem Bolsonaro para realizar ajuste fiscal. Outro ponto para o qual o setor tende a atentar no próximo ano é o dólar.

Para 2023 até 2024, a taxa de câmbio deve se manter acima de R$ 5,00, o que é um sinal positivo para o agronegócio. As commodities devem continuar o “carro-chefe” do Produto Interno Bruto (PIB) do País pelos próximos 20 a 25 anos. O Brasil pode voltar a ser potência industrial, mas muito atrelada ao agronegócio. É preciso aproveitar a força do agronegócio para desenvolver as forças industriais neste segmento e ganhar cada vez mais mercados. A indústria tem espaço, mas relacionada cada vez mais ao agro. A consultoria Gibraltar ponderou que o cuidado com a questão fiscal se traduz em um ambiente econômico mais estável com taxa de câmbio mais estabilizada. Uma taxa de câmbio menos volátil é essencial para economia e para o agronegócio. A oscilação do câmbio ajuda na exportação das commodities, mas reflete na importação de insumos agrícolas, como no custo de fertilizantes.

Não é possível minimizar a importância do ambiente macroeconômico estável para previsibilidade do setor. A Tendência Consultoria Integrada observou que as incertezas são ruins para o setor produtivo e para a capacidade de produção do País. Há dúvidas se Lula e Bolsonaro terão articulação política com o Congresso e com a sociedade para convencimento da necessidade de reformas duras para o Brasil. Na medida em que o governo não for capaz de sinalizar que poderá fazer as reformas, haverá mais volatilidade e perda de previsibilidade, e isso é ruim para o campo. Quanto ao cenário externo, a conjuntura é classificada como desafiadora, mas o agronegócio tende a sofrer menos os efeitos por estar mais preparado e posicionado internacionalmente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.