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16/Ago/2022

Petrobras anuncia nova queda no preço da gasolina

A queda de R$ 0,18 ou 4,8% no preço da gasolina em refinarias da Petrobras respeitou os critérios técnicos da política de preço de paridade de importação (PPI) e poderia ser ainda maior. Mesmo após o reajuste anunciado nesta segunda-feira (15/08), ainda haveria espaço para baixar o preço do combustível em R$ 0,35 por litro. A gasolina da Petrobras, portanto, segue 9,5% mais cara do que no exterior. O mercado esperava um reajuste (para baixo) mais intenso nesse momento. No entanto, essa "gordura" mantida pela Petrobras é coerente com o argumento de que a estatal não promove reajustes em cima da conjuntura, mas sim de forma estrutural. De fato, no comunicado sobre a redução de preço, a Petrobras diz buscar o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

Os vetores da queda dos preços internacionais da gasolina e do diesel foram os recuos no câmbio e na cotação do barril de petróleo do tipo Brent, que junto ao preço do frete, dominam a formação de preços do PPI. Até o dia 12 de agosto, o dólar recuou 1,7% e o Brent recuou 4,2%. Nos últimos 30 dias, período em que a Petrobras já deu três descontos na gasolina e dois no diesel em suas refinarias, o dólar caiu 5,7% e o, Brent, 5,9%. Ao menos no caso do diesel, a dinâmica de preços mais altos da Petrobras ante o PPI, sugere um esforço para compensar o efeito dos primeiros meses do ano, em que havia defasagem em prejuízo à empresa.

Com isso, há uma espécie de compensação para se chegar a um preço médio anual mais alinhado ao PPI. Apesar da queda recente no PPI, o cenário é de incerteza e instabilidade para o mercado internacional de derivados, que deve voltar a ficar pressionado sobretudo a partir de setembro, com a chegada de temperaturas mais frias no Hemisfério Norte, consolidação dos embargos a produtos russos em função da guerra na Ucrânia e temporada mais forte de furacões no Golfo do México (EUA), que abastece boa parte do mundo, e sobretudo mercados da América Latina, como o Brasil. Nesse sentido, portanto, haveria possibilidade razoável de recomposição dos preços internacionais da gasolina e do diesel que podem pressionar a Petrobras a voltar a praticar reajustes para cima nos últimos meses do ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.