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12/Ago/2022

Supermercados: projeção de crescimento revisada

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revisou para cima sua projeção de crescimento anual do setor de 2,8% para 3% a 3,3%. As razões apresentadas para a melhora de perspectiva foram o recuo no índice de inflação, o aumento do emprego formal e os recursos que começaram a ser injetados na economia nesta semana com o pagamento dos auxílios do pacote de benefícios aprovados pelo Congresso Nacional. Esse dinheiro vai movimentar o consumo nos lares, então, o crescimento em ritmo moderado do primeiro semestre deve ficar para trás. Daqui para frente, o consumo tende a ser mais intenso e estável porque cresceu o número de famílias, aumentou o valor do benefício e novos auxílios foram criados para outras categorias profissionais: caminhoneiros e taxistas. Para os próximos meses, o pagamento do pacote de benefícios aprovados pelo congresso nacional deve aumentar o consumo nos lares.

A Abras estima que cerca de 50% a 60% dos valores liberados pelo governo devem ser destinados à cesta de consumo. O comércio tem ao menos três importantes datas para impulsionar as promoções e incentivar consumo nos lares: a Black-Friday, a Copa do Mundo e as festas de fim de ano. Outras fontes de recursos são a restituição do imposto de renda (4º e 5º lotes), o resgate de R$ 25 bilhões do PIS/Pasep por 10 milhões de pessoas e o pagamento do 13º terceiro salário para trabalhadores formais, funcionários e servidores públicos. O Consumo nos Lares Brasileiro no primeiro semestre encerrou o período com alta de 2,20%. Na comparação junho ante maio, o indicador apresentou alta de 0,10%. Em relação a junho de 2021 a alta é de 6,03%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para fazer frente a alta da inflação dos alimentos, o consumidor fez compras mais planejadas, trocou marcas e buscou mais promoções. O varejo intensificou as negociações comerciais com os fornecedores, ampliou o número de marcas e fez mais promoções nas lojas. Em um semestre em que os preços das commodities foram impulsionados pelo impacto da invasão da Ucrânia, clima adverso e altos custos de produção e transporte, o Abrasmercado (indicador da cesta composta por 35 produtos de largo consumo como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) acumulou alta de 10,41%. Assim, o preço da cesta na média nacional chegou a R$ 773,44 em junho. As altas mais expressivas no semestre foram puxadas por batata (+55,81%), cebola (+48,13%), leite longa vida (+41,77%), feijão (+40,97%), queijo muçarela (+36,10%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.