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11/Ago/2022

Dólar segue recuando e já se aproxima dos R$ 5,00

Nesta quarta-feira (10/08), o dólar fechou no menor patamar em oito semanas, abaixo de R$ 5,10, em dia de enfraquecimento generalizado da divisa depois que dados de inflação nos Estados Unidos inesperadamente fracos contiveram expectativas de altas mais fortes dos juros por lá. Mas, a moeda deixou as mínimas da sessão, conforme no exterior os ativos financeiros também passaram a refletir certa hesitação de investidores a respeito dos próximos passos do banco central norte-americano. O dólar caiu 0,87%, e fechou a 5,08, recuo de 1,85%. No exterior, o índice do dólar cedia 1%, uma forte queda. A forte correção no dólar no mundo veio depois de a inflação ao consumidor dos Estados Unidos ficar estagnada em julho, contra alta de 0,2% prevista.

Os números mais fracos desencadearam uma notável recuperação nos mercados de ações, em que o índice norte-americano Nasdaq saltou 2,9%. Com a inflação mais branda, o Fed poderia encontrar espaço para desacelerar a velocidade das altas de juros. A perspectiva de taxas mais elevadas em menos tempo provocou um rali no dólar neste ano, já que juro maior reforça a atratividade da renda fixa norte-americana, estimulando conversão de moedas estrangeiras para o dólar. À medida que investidores cortam apostas num aperto monetário agressivo, portanto, o apelo da divisa se reduz, o que pode estimular realização de lucros depois de a moeda ter renovado recentemente máximas sequenciais em duas décadas no exterior.

Mas, apesar da boa reação dos ativos, a precificação na curva dos Treasuries ainda está bastante dividida em relação ao que o Fed (o banco central norte-americano) vai fazer na próxima reunião. Segundo a gestora Rio Bravo, os próximos sinais sobre a política monetária dos Estados Unidos serão um dos principais pontos a serem observados para o Real. A Rio Bravo traçou um cenário mais conservador no qual vê nova alta de 75 pontos-base pelo Fed em setembro. Com os dados de inflação mais fracos, o mercado passou a ficar dividido entre elevação naquela magnitude e de 50 pontos-base. A estimativa da gestora é de que o dólar termine este ano em R$ 5,50, também influenciado pelas perspectivas para a política econômico-fiscal no pós-eleição. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.