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11/Ago/2022

Governo considera França irrelevante para o Brasil

Apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito na terça-feira (09/08) que a França está ficando “irrelevante” para o Brasil, além de outras declarações de mais baixo calão, o comércio com o País europeu vem crescendo neste ano. De acordo com dados do próprio Ministério da Economia, as exportações para a França cresceram 18,3% neste ano e somam R$ 1,796 bilhão até julho. O país ocupa o 26º no ranking de maiores compradores do Brasil, à frente de nações como Rússia, Uruguai e África do Sul. O ministro criticou a França e chegou a usar um palavrão ao referir-se ao País.

“Vocês (França) estão ficando irrelevantes para nós. É melhor vocês nos tratarem bem porque senão vamos ligar o ‘f...-se’ para vocês”, disse o ministro. Em 2011, as exportações para os franceses chegaram ao patamar de US$ 4,3 bilhões, quando entraram em trajetória de queda até 2017, quando iniciaram uma recuperação até a pandemia. Em 2021, as vendas para a França fecharam o ano com alta de 25,9% e a França ficou em 25º lugar no ranking de principais destinos das exportações brasileiras. O desempenho superou o encolhimento registrado com a pandemia de 2020, quando as vendas ao exterior caíram 24%.

Entre os principais produtos vendidos estão farelo de soja (24%), minério de ferro e concentrados (13%), celulose (6,8%) e café (6%). De janeiro a julho deste ano, as importações de produtos franceses pelo Brasil subiram 5,7%, alcançando US$ 2,834 bilhões. Com isso, o saldo neste ano é desfavorável aos conterrâneos do ministro: negativo em US$ 1,038 bilhão. Da França, compramos principalmente itens que são utilizados na produção brasileira, como motores e máquinas (15%) e compostos organo-inorgânicos (8,4%), além de medicamentos e produtos farmacêuticos (5,2%) e partes e acessórios de produtos automotivos (4,8%). Fonte: Broadcast Agro.