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05/Ago/2022

Taxa Selic elevada pressionará preços de alimentos

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) alerta que a nova elevação da Selic para um patamar anual de 13,75%, conforme deliberou o Copom na quarta-feira (03/08), significa pressão adicional sobre os preços dos alimentos, que já vêm sofrendo aumentos no Brasil e no mundo. Trata-se de um remédio forte e inócuo para tratar o agravamento do IPCA, cujas causas são o encarecimento dos insumos, energia e petróleo e retenção de estoques em vários países, num cenário ainda impactado pela pandemia e pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

A inflação brasileira, assim como ocorre no mundo, não é um fenômeno de demanda, contra o qual juros altos são eficazes, mas sim de oferta. Para esta segunda causa, não adianta aumentar a Selic. O Brasil está dando dose exagerada de um remédio tóxico para sintomas errados. Ademais, o aumento dos juros trava a economia e atinge de modo direto o agronegócio, que precisa de taxas menores para o financiamento da safra e da atividade pecuária. As linhas especiais de crédito do Plano Safra, embora sejam crescentes, são insuficientes para atender todos os produtores. Com a Selic batendo em 14% ao ano, fica muito difícil, ou até impossível, contratar operações de crédito. Fonte: FAESP. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.