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03/Ago/2022

Confiança do Agronegócio aponta para o otimismo

Segundo o Departamento do Agronegócio da Fiesp, o Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro) fechou o segundo trimestre em 110,3 pontos, queda de 1,2 ponto em relação ao levantamento anterior. Apesar da queda, o índice permanece num patamar moderadamente otimista, acima de 100 pontos. Abaixo disso, o nível de confiança passa a ser considerado pessimista, de acordo com a metodologia do estudo. O aumento da preocupação com a economia pesou no resultado. As entrevistas foram realizadas num momento em que se consolidaram as perspectivas de uma desaceleração econômica, puxada pela alta dos juros para combater a inflação, o que, no caso brasileiro, levou a uma elevação do risco e a uma queda nas projeções de crescimento para 2023. Num aspecto mais diretamente relacionado ao agronegócio, e especialmente no caso dos produtores rurais, a confiança do setor foi prejudicada pelo pessimismo relacionado ao crédito rural. O Índice de Confiança das Indústrias (Antes e Depois da Porteira) caiu para 113,1 pontos (-1,4 ponto).

O índice da indústria antes da porteira (insumos agropecuários) avançou 2,1 pontos, para 109,8 pontos. Um dos motivos foi o alívio na oferta de insumos no mercado brasileiro. No primeiro trimestre, havia uma preocupação de que pudessem faltar fertilizantes, principalmente após o início da guerra na Ucrânia e à imposição e sanções econômicas à Rússia, além de receios em relação aos defensivos, que enfrentavam a desorganização das cadeias produtivas em importantes países produtores, como a China. Depois, o Brasil importou volumes recordes de adubos e o suprimento de defensivos vem sendo gradualmente normalizado. O índice da indústria depois da porteira cedeu 2,9 pontos, a 114,5 pontos. Um dos fatores apontados foi o preço da energia em patamares elevados. Ao mesmo tempo, o cenário de inflação e juros em alta ameaçam os indicadores de consumo, o que é preocupante em setores como o de alimentos. No caso do Índice do Produtor Agropecuário, a queda foi de 0,8 ponto, a 106,3 pontos. O aumento do pessimismo em relação ao crédito foi marcante tanto entre pecuaristas quanto entre os agricultores.

No primeiro semestre, a liberação de recursos para custeio caiu 17% em relação ao mesmo período do ano passado, um aperto significativo, ainda mais quando se considera a alta dos custos de produção. O índice do produtor agrícola no segundo trimestre foi de 107,2 pontos, queda de 1,9 ponto. O otimismo dos agricultores vem caindo de forma constante e gradual desde o terceiro trimestre de 2020, quando atingiu 133,4 pontos, o valor máximo da série histórica. Ainda assim, o índice de confiança desse segmento se mantém moderadamente otimista, em 107,2 pontos, 1,9 ponto abaixo do levantamento anterior. O Índice do Produtor Pecuário, por outro lado, subiu 2,4 pontos, para 103,8 pontos. Parte do resultado positivo pode ser atribuído ao momento do mercado externo. Outro fator a considerar é que a avaliação dos custos de produção, embora continue pessimista, melhorou um pouco nos últimos meses, graças aos recentes recuos dos preços dos fertilizantes (especialmente no caso da ureia) e dos grãos, com impacto positivo sobre as rações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.