02/Ago/2022

INFLAÇÃO

Há nova desaceleração na previsão para o IPCA (índice de inflação oficial) deste ano. Enquanto a projeção para 2023, foco atual da política monetária, continua subindo. Com efeito das desonerações sobre combustíveis e energia e da queda do preço da gasolina, a estimativa para o IPCA de 2022 tem baixa pela quinta semana consecutiva, de 7,30% para 7,15%. Em contrapartida, a projeção para 2023 continua avançando, agora de 5,30% para 5,33%, a 17ª alta seguida. Há um mês, as estimativas eram de 7,96% e 5,01%, respectivamente.

Os percentuais desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%. Há sinais de desancoragem mais ampla, com a previsão de 2024 acima do centro da meta. Pela terceira semana seguida, a estimativa continua em 3,30%. Há um mês, estava em 3,25%. A previsão para 2025, por sua vez, continua em 3,00%, mesmo percentual há 55 semanas. A meta para 2024 e para 2025 é de 3,00%, com margem de 1,5% (de 1,5% a 4,5%).

PIB

O mercado financeiro se mostra cada vez mais otimista com o crescimento econômico este ano. A projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 tem avanço, passando de 1,93% para 1,97%. Há um mês, o aumento esperado era de 1,51%. Por outro lado, a estimativa para a expansão do PIB em 2023 perde força, de 0,49% para 0,40%, ante 0,50% de quatro semanas atrás. Há manutenção na projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,70%, assim como para 2025, que permanece em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,81% e 2,00%, respectivamente.

JUROS

A projeção para a Selic (a taxa básica de juros) no fim deste ano continua em 13,75% (6ª semana seguida). Há um mês, o percentual já era de 13,75%. No caso de 2023, a previsão para Selic no fim do ano avançou de 10,75% para 11,00%, de 10,50% quatro semanas antes. No Copom de junho, a Selic subiu de 12,75% para 13,25% e o colegiado indicou novo aumento de igual ou menor magnitude (0,50%) para a reunião deste mês (02/08). Além disso, na ata, o colegiado sinalizou que a Selic deve ficar em patamar significativamente contracionista por período maior do que projetava na época o mercado, com o objetivo de que a inflação de 2023 convirja para o "redor da meta", que é de 3,25%. A previsão para a Selic no fim de 2024 continua em 8,00%, de 7,75% há um mês. Para 2025, a previsão foi mantida em 7,50%, repetindo a taxa de quatro semanas antes.

DÓLAR

Há manutenção no cenário da moeda norte-americana em 2022 e 2023. A estimativa para o câmbio este ano continua em R$ 5,20, ante R$ 5,09 um mês antes. Para 2023, permanece em R$ 5,20, de R$ 5,10 quatro semanas atrás.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.