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02/Ago/2022

Brasil precisa agir para combater o desmatamento

Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), as narrativas do desmatamento vão pesar sobre o agronegócio brasileiro se o País não agir. Mudanças climáticas serão a tônica do mundo pós reglobalização. Barreiras nos mercados consumidores serão forma de protecionismo disfarçado de proteção ambiental. Cobranças da preservação da Amazônia brasileira são legítimas. Em contrapartida, o agro tem uma ação regenerativa em potencial, especialmente nos mercados de descarbonização. Energia e alimento são hoje nova desordem mundial. O momento é de insegurança alimentar e energética em pleno processo de expansão da bioeconomia. Neste cenário, Brasil tem aptidão em mitigar emissões em larga escala de produção e em agregar valor às commodities. O Brasil é resposta ao mundo em segurança alimentar e energética.

Dentre o protagonismo do agro brasileiro para segurança energética e alimentar do mundo, foi defendida a importância do Renovabio (política nacional de biocombustíveis dentre o potencial de descarbonização do País). Os mecanismos do Renovabio devem ser fortalecidos e nunca atacados. Dar suporte à segurança alimentar e apoiar sustentabilidade global pressupõe protagonismo do País. É fundamental marco regulatório dos defensivos, que está sendo votado no Senado, e que gerará maior oportunidade para País responder à segurança alimentar com produtividade. É destaque o momento de incertezas enfrentado pelas cadeias globais do agronegócio. É um momento de elevada complexidade e de graves dificuldades nas cadeias globais, com redução de países com democracia. A guerra Rússia e Ucrânia tirou o movimento de foco nas mudanças climáticas e trouxe de volta a inflação mundial. Segurança alimentar e energética serão a nova ordem global.

Insegurança alimentar e energética voltam com força desestabilizadora da sociedade. Será de forma integrada que o Brasil manterá potência de segurança alimentar. O mundo vive elevado grau de incerteza com fragilidade das instituições globais e avanço do protecionismo em meio à reestruturação da globalização e ao agravamento da guerra comercial entre China e Estados Unidos e à guerra entre Rússia e Ucrânia. A defesa do multilateralismo é fundamental ao agro brasileiro. A B3 destacou que o agro é o motor da economia brasileira, respondendo por 27% do Produto Interno Bruto no ano passado, mencionando que o País possui extensa área agricultável e tecnologias para produção. O setor vem aumentando a presença no mercado de capitais e foi citado o Iagro B3, índice de empresas de agronegócio da bolsa com 32 empresas, que juntas somam R$ 700 bilhões de valor de mercado. O apetite pelo agro é tanto que foi desenvolvido o Iagro B3.

Investidores nacionais e internacionais passam a contar com termômetro que mede desempenho das empresas do setor e empresas ganham visibilidade no seu mercado. A B3 estuda a criação de um subíndice avaliando sustentabilidade das empresas. O ministro da Agricultura, Marcos Montes, disse que o Brasil ainda tem um dever de casa a ser feito na questão ambiental e a regularização fundiária vai ajudar nisso. Montes afirmou que a competitividade da agricultura brasileira tem incomodado o mundo todo. O desconhecimento do mundo, especialmente da Europa, sobre sustentabilidade do Brasil tem prejudicado o País. Muitas vezes não querem entender que o Brasil tem na sustentabilidade um dos seus pilares. Todos querem sustentabilidade, mas ela não pode ser usada por outros países para prejudicar o Brasil. A preocupação do mundo com as incertezas da segurança alimentar leva a uma nova interpretação mundial da questão ambiental. O agro brasileiro precisa se comunicar melhor no exterior.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que o País não vai deixar o mundo eliminar o veículo a combustão porque o Brasil tem no etanol uma solução limpa de energia. O exemplo do etanol é global. O Brasil é o berço do veículo híbrido e podemos exportar. A pasta está estruturando política automobilística sustentável com o Ministério da Economia. Ele afirmou que poderá mostrar o Brasil real na COP-27, que ocorre em dezembro no Egito. O Brasil é um país mais sustentável e mais verde. É isso que será mostrado. Mas, se a economia verde não for lucrativa, ela não vai escalar na velocidade e no tamanho que todos desejam. Ele destacou o potencial do agro brasileira nas metas de descarbonização mundiais. O agro é parceiro no mercado de carbono. Há estudos que mostram que cultivares podem absorver 70% dos gases do efeito estufa. Produtor já tem uma das pegadas de carbono mais baixas do mundo. Esse novo modo de economia verde muda a visão de passivo ambiental do agronegócio para ativo ambiental. O produtor era visto com vários passivos e isso não é verdade. O Brasil tem uma das agriculturas mais sustentáveis do mundo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.