01/Ago/2022
O Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (28/07) trouxe decreto presidencial que inclui o Porto de Santos (SP) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND). Embora apertado, o cronograma prevê a privatização do porto ainda neste ano, o que é visto com ceticismo pelo mercado. O Ministério da Infraestrutura acredita que a proposta será apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU) em meados de agosto. O leilão prevê exigências que alcançam R$ 18,5 bilhões em projetos de melhorias, ampliação e manutenção.
Paralelamente a esses compromissos obrigatórios, o interessado precisa apresentar o lance pela outorga do porto, que teve seu valor inicial fixado em R$ 1,38 bilhão. Vencerá o leilão aquele que apresentar a maior proposta de outorga, taxa paga ao governo federal pela administração do terminal. Com a licitação, a atual gestora do porto, a estatal Santos Port Authority (SPA, antiga Codesp), será integralmente privatizada. Já as áreas físicas do porto serão concedidas a esta mesma empresa pelo prazo de 35 anos, sem prorrogação.
No Ministério de Infraestrutura, a expectativa é de que haja forte disputa pelo negócio, a maior privatização do governo Jair Bolsonaro depois da Eletrobras. Dos R$ 18,5 bilhões de investimentos obrigatórios previstos, R$ 14,1 serão aplicados em manutenções, durante os 35 anos da concessão. Outros R$ 3 bilhões estão reservados para a construção de um canal submerso para ligar Santos e Guarujá. O restante, R$ 1,4 bilhão, deve ser injetado em obras como novos acessos rodoviários, modernização portuária e aprofundamento do canal de Santos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.