22/Jul/2022

De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em relatório feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), o setor de árvores cultivadas deve investir R$ 60,4 bilhões no Brasil até 2028. O valor inclui o R$ 1,6 bilhão anunciado no dia 20 de julho pela Klabin para a construção de uma nova fábrica de caixas de papelão ondulado em Piracicaba (SP). Há ainda investimentos previstos pela Suzano em Mato Grosso do Sul de R$ 19,3 bilhões (celulose) e no Espírito Santo de R$ 600 milhões (papel), até 2024. A Arauco destinará R$ 15 bilhões até 2028 em Mato Grosso do Sul (celulose) e a LD, uma das maiores fábricas de celulose solúvel do mundo, controlada pela Dexco, deve colocar R$ 5,2 bilhões em celulose em Minas Gerais.

A CMPC, empresa do grupo chileno controlado pela família Matte, investirá R$ 2,75 bilhões em celulose no Rio Grande do Sul. O levantamento também aponta as vagas (2,8 milhões) e de renda (R$ 122,7 bilhões) da indústria geradas em 2020 (último dado disponível). Foram levados em consideração os empregos diretos (atividades dos segmentos representados pela Ibá), indiretos (fornecedores e clientes imediatos) e induzidos (gastos realizados por todos os agentes que se beneficiam dos efeitos diretos e indiretos). O valor da geração de renda equivale a 28% do PIB da agropecuária e a 1,9% do PIB total brasileiro. Para cada R$ 1 milhão produzido pelo setor de árvores cultivadas brasileiro, é gerado R$ 1 milhão em renda indireta ou induzida.

Ainda é possível perceber que o comércio por atacado e varejo é o segmento que concentra a maior parcela dos efeitos totais em termos de produção indireta e induzida a partir das atividades das empresas ligadas ao Ibá. Somente esta vertente teve produção equivalente a R$ 44,3 bilhões em áreas afastadas dos grandes centros, nas quais o setor atua. Pelo levantamento, em pelo menos 60 segmentos é possível identificar efeito direto na geração de negócios devido à presença de empresas de base florestal. Transportes, alimentação, saúde privada, educação privada, atividades jurídicas e imobiliárias são alguns dos exemplos de atividades impulsionadas a partir da atuação do setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.