19/Jul/2022

INFLAÇÃO

A projeção para a alta do IPCA (o índice de inflação oficial), de 2022 voltou a perder força, ainda estourando a meta, a projeção de 2023 segue subindo e superando o intervalo de tolerância do mandato principal do Banco Central (BC). Ainda sob efeito das medidas tributárias para baixar os preços de combustíveis, principalmente, a projeção para o IPCA de 2022 registra recuo pela terceira semana consecutiva e passou de 7,67% para 7,54%. Em contrapartida, a de 2023, foco da política monetária, já sobe pela 15ª semana seguida, avançando de 5,09% para 5,20%. Há um mês, as estimativas eram de 8,27% e 4,83%, respectivamente. Os percentuais continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%. Há sinais de desancoragem mais ampla para 2021, com a mediana acima do centro da meta. Nesta semana, a estimativa continua em 3,30%. Há um mês, estava em 3,25%. A previsão para 2025, por sua vez, continua em 3,00%, mesmo percentual há 53 semanas. A meta para 2024 e para 2025 é de 3,00%, com margem de 1,5% (de 1,5% para 4,5%).

PIB

Com os dados positivos de atividade econômica e a PEC dos Benefícios, pacote bilionário de estímulo à demanda em ano eleitoral aprovado no Congresso, a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 continua a avançar. A projeção passou de 1,59% para 1,75%, contra 1,50% há um mês. A estimativa para a expansão do PIB em 2023 continua em 0,50%, mesmo percentual de quatro semanas atrás. Para 2024, a estimativa continua em 1,80% e, para 2025, permanece em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,81% e 2,00%, respectivamente.

JUROS

A projeção para a Selic (a taxa básica de juros) no fim deste ano continua estável em 13,75%. A estimativa para 2023 voltou a subir, de 10,50% para 10,75%. Há um mês, os percentuais eram de 13,75% e 10,25%, nessa ordem. No Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, a Selic subiu de 12,75% para 13,25% e o colegiado indicou novo aumento de igual ou menor magnitude (0,50%) para a reunião de agosto. A previsão para a Selic no fim de 2024 continua em 8,00%, mesmo percentual de quatro semanas atrás. A mediana para o fim de 2025 está mantida em 7,50%, repetindo a taxa de quatro semanas antes.

DÓLAR

Há manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2022 e 2023. A estimativa para o câmbio este ano continua em R$ 5,13, ante R$ 5,06 um mês antes. Para 2023, se mantém em R$ 5,10, mesma cotação esperada há quatro semanas.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.