15/Jul/2022
De acordo com a pesquisa Consumo nos Lares Brasileiros da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares brasileiros subiu 0,39% em maio deste ano em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação com o mês imediatamente anterior, abril, houve queda de 3,47%, influenciada pela sazonalidade. Até o momento, a projeção de crescimento de 2,8% no ano de 2022 permanece, mas pode ser revisada em junho ou julho. Até o momento, o setor acumula alta de 2,02% de janeiro a maio. A cesta Abrasmercado, com 35 produtos de largo consumo, teve alta de 17,2% nos últimos 12 meses. Na comparação de maio com abril deste ano, a alta de foi de 0,94%. No ano de 2022, a alta é de 9,32%.
O setor ainda estuda os possíveis impactos nas vendas da PEC dos Auxílios. A estimativa é de que cerca de 50% dos recursos sejam destinados para gastos nos supermercados. Durante a fase mais aguda da pandemia, 70% do Auxílio Emergencial teve esse destino. Porém, agora serviços como bares e restaurantes estão abertos, o que deve redirecionar o dinheiro dado à população mais vulnerável. Até este mês, a Abras manteve a projeção de crescimento de 2,8% em 2022. Essa expectativa, no entanto, não leva em conta o impacto positivo dos auxílios. Nos últimos cinco meses, o setor acumula alta de 2,02%.
Sobre a possibilidade da maior injeção de dinheiro na economia levar a uma alta de inflação pelo lado da demanda, o setor não acredita nessa possibilidade. Os auxílios não trarão demanda excessiva ou que levarão a aumento da inflação. Medidas de redução de impostos nos combustíveis e outros segmentos são maneiras de equalizar os preços, bem como a responsabilidade da população em pesquisar preços e dos supermercados manterem as negociações mais intensas com a indústria. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.