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13/Jul/2022

Crédito de Carbono: Petrobrás atuará no segmento

A Petrobras vai atuar no mercado de crédito de carbono tanto pelo lado da demanda quanto da oferta. Nos próximos anos, a companhia prevê investir R$ 120 milhões em soluções de captura de carbono focadas em florestas. Empresas do porte da Petrobras não podem esperar pelo mercado regulado de créditos de carbono e devem atuar no mercado voluntário. A crença é em soluções de mercado para o problema ambiental.

O leque de ações da Petrobras passa por iniciativas de reflorestamento, preservação e ações que miram comunidades locais no sentido de geração de renda associada à proteção florestal, casos de manejo florestal e remuneração de serviços ambientais. As chamadas públicas para financiamento de projetos de reflorestamento têm como meta alcançar R$ 500 milhões para reflorestar até 33 mil hectares de todos os biomas brasileiros.

Metade do montante será aportada pelo BNDES em linha com recursos de empresas como a Petrobras, que se comprometeu a investir R$ 50 milhões ao longo de cinco anos. A operacionalização dos projetos da Petrobras dentro do Floresta Viva vai ser feita pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), uma associação civil com histórico de 25 anos e mais de 400 projetos ambientais na carteira. O Funbio também vai auxiliar os demais investidores do Floresta Viva.

O restante do investimento da Petrobras, R$ 70 milhões, será pulverizado em outras frentes, como projetos de geração de renda para comunidades locais, coleta e comercialização de castanha-do-pará, financiamento de cisternas para agricultura familiar na caatinga e preservação de recursos hídricos na Mata Atlântica. A Petrobras atua para limitar as emissões de suas operações, como as emissões associadas à sua atividade fim, de produção de petróleo e refino de combustíveis, mas as iniciativas não são suficientes para limpar toda a cadeia, o que traz consigo a necessidade de neutralizar emissões por meio de projetos ambientais.

O Brasil está em posição vantajosa para a compensação de emissões via proteção de florestas, guardando 20% desse potencial. Somadas as potencialidades para geração de energia renovável, o Brasil tem perfil não só para bater com facilidade as metas previstas do acordo de Paris, de zerar emissões até 2050, como também passar à "emissão negativa", exportando possibilidades de captura para outros países e empresas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.