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11/Jul/2022

Inflação: maior taxa para mês de junho desde 2018

De acordo com dados divulgados na sexta-feira (08/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou junho com alta de 0,67%, ante um avanço de 0,47% em maio. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 5,49%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 11,89%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,62% em junho, após um avanço de 0,45% em maio. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 5,61% no ano. A taxa em 12 meses foi de 11,92%. Em junho de 2021, o INPC tinha sido de 0,60%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. A alta de 0,67% registrada IPCA em junho foi a variação mais elevada para o mês desde 2018, quando o índice foi de 1,26%. No mês de junho de 2021, o IPCA tinha sido de 0,53%. O acumulado em 12 meses está no patamar de dois dígitos há dez meses consecutivos.

A última vez que a inflação ficou tanto tempo em dois dígitos foi entre novembro de 2002 e novembro de 2003. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,5%, que tem teto de tolerância de 5%. O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 0,48% em maio para uma elevação de 0,80% em junho. O grupo contribuiu com 0,17% para a taxa de 0,67% do IPCA do último mês. A alimentação no domicílio aumentou 0,63% em junho. As famílias pagaram mais pelo leite longa vida (10,72%) e pelo feijão carioca (9,74%). Houve recuos nos preços da cenoura (-23,36%), cebola (-7,06%), batata-inglesa (-3,47%) e tomate (-2,70%). Os alimentos para consumo fora do domicílio subiram 1,26% em junho. A refeição fora de casa subiu 0,95%, enquanto o lanche aumentou 2,21%. Os gastos das famílias com transportes passaram de alta de 1,34% em maio para um avanço de 0,57% em junho, um impacto de 0,13% sobre a taxa de 0,67% registrada no último mês.

A desaceleração no ritmo de alta na passagem de maio para junho foi influenciada pela queda de 1,20% nos combustíveis. Os preços da gasolina caíram 0,72%, enquanto o etanol recuou 6,41%. Por outro lado, o óleo diesel ficou 3,82% mais caro, e o gás veicular subiu 0,30%. As passagens aéreas aumentaram 11,32% em junho, um impacto positivo de 0,06%. Em 12 meses, elas acumulam alta de 122,40%. O ônibus urbano subiu 0,72%. Os ônibus intermunicipais ficaram 1,39% mais caros. As famílias brasileiras gastaram 0,41% a mais com habitação em junho, uma contribuição de 0,06% para a taxa de 0,67% do IPCA no mês. A taxa de água e esgoto subiu 2,17%. O gás encanado aumentou 0,81%. Por outro lado, a energia elétrica recuou 1,07%, com impacto de -0,04% no IPCA de junho, depois de já ter caído 7,95% em maio. Todos os nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em junho.

As famílias gastaram mais com Alimentação e bebidas (0,80%), Saúde e cuidados pessoais (1,24%, impacto de 0,15%), Artigos de residência (0,55%), Vestuário (1,67%, impacto de 0,07%), Transportes (0,57%), Despesas pessoais (0,49%), Educação (0,09%), Habitação (0,41%) e Comunicação (0,16%). Em Saúde e cuidados pessoais, o destaque foi o aumento de 2,99% no plano de saúde, item de maior impacto individual no IPCA do mês, 0,10%. Também houve aumentos nos preços dos produtos farmacêuticos (0,61%) e dos itens de higiene pessoal (0,55%). No grupo Vestuário, todos os itens ficaram mais caros. A alta foi puxada pelas roupas masculinas (2,19%) e femininas (2,00%), mas também houve pressão de roupas infantis (1,49%) e calçados e acessórios (1,21%). Todas as regiões registraram alta de preços em junho. O resultado mais acentuado foi observado na região metropolitana de Salvador (BA), 1,24%, enquanto o mais brando ocorreu em Belém (PA) 0,26%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.