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06/Jul/2022

Combustíveis: gasolina e diesel estão defasados

A nova escalada do dólar em relação ao real, e a forte volatilidade do petróleo voltaram a afastar os preços internos do diesel e da gasolina dos praticados no mercado internacional. Com exceção da Bahia, a gasolina registrou, no dia 4 de julho, uma diferença de até 12% em relação ao mercado externo e o diesel de até 5%. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), na Bahia, onde funciona a Refinaria de Mataripe, privatizada no final do ano passado, não existe defasagem no óleo diesel e a diferença de preço da gasolina é de apenas 2%. Mesmo assim, a entidade afirma que as importações estão inviabilizadas. Na média, a defasagem da gasolina está em 9% e do diesel em 4%, o que demandaria aumentos de R$ 0,40 e R$ 0,22 por litro, respectivamente, nas refinarias da Petrobras, para que os pequenos e médios importadores voltassem a trazer os combustíveis.

No momento, apenas os grandes importadores (Petrobras, Raízen, Ipiranga e Vibra) continuam importando, e o abastecimento no País está normal, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP). O aumento da demanda, principalmente por diesel a partir de agosto, porém, tem preocupado o governo, que teme uma crise de abastecimento. A ANP repetiu na semana passada um alerta já feito em março sobre a necessidade de um monitoramento maior em relação às importações. A partir desta terça-feira (05/07), os importadores deverão informar à ANP sobre todas as importações já contratadas do combustível que ainda não foram nacionalizadas. Os agentes terão que detalhar o porto de origem, a data de embarque da carga, seu volume em metros cúbicos, o porto de destino no Brasil, a data prevista de chegada e o terminal ou base de armazenamento.

Também deverão ser informadas quaisquer dificuldades de contratação de importação ou de navio para importação de diesel, entre outros deveres. Outra decisão, que ainda passará por consulta pública, será a determinação de formação de estoques regulatórios obrigatórios de diesel S10 de 1º de setembro a 30 de novembro a distribuidores e produtores que possuem mais de 8% do mercado, que terão que manter volumes de estoques semanais médios de óleo diesel S10 iguais ou superiores a nove dias do volume comercializado no mês corrente do ano anterior, suficientes para atender a 45 dias do déficit estimado de óleo diesel S10 no período. A consulta pública sobre os estoques de diesel será realizada até esta sexta-feira (08/07), e a audiência pública sobre as regras será realizada no dia 12 de julho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.