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01/Jul/2022

América Latina: consumidor perde poder de compra

De acordo com o estudo "Consumer Insights" realizado pela Kantar (empresa que trabalha com dados, insights e consultoria), com a alta da inflação na América Latina, o poder de compra dos moradores da região é cada vez menor. A crise faz com que os bens de consumo massivos (FMCG) ganhassem protagonismo nos gastos familiares e, no ano de 2022, eles já representam 37% da renda dos latino-americanos. Em 2021, eles representavam 34%. A tendência se torna ainda mais clara em famílias com crianças, onde o índice chega a 41%.

Além da inflação, a América Latina tem alto desemprego e informalidade, e, diferentemente da Europa ou dos Estados Unidos, a grande maioria dos consumidores não acumulou reservas durante o período de isolamento, que poderiam ajudá-los a enfrentar a escalada dos preços agora. O cenário de crise econômica faz com que as pessoas estejam mais cautelosas com o que compram. No Brasil, 63% dos entrevistados afirmaram que passaram a comprar somente o que já haviam se programado para adquirir.

Também, 46% dos brasileiros afirmaram que seu interesse em promoções aumentou e 24% relataram que estão trocando suas marcas favoritas por produtos mais baratos. Outra solução encontrada pela população da América Latina foi a de procurar por mais canais de compra, o que fez com que o omnichannel crescesse na região. No Brasil, esse aumento foi de 20% nos canais visitados e de 3% na frequência da visita. De acordo com a pesquisa, 43% dos latinos têm preferência por canais de varejo tradicionais na hora da compra, 35% adotam autosserviços como seu meio de adquirir produtos e apenas 10% vão aos canais atacadistas.

A Kantar dividiu o perfil dos consumidores em três figuras: os cautelosos, que visitam de um a quatro canais; os disponíveis, que procuram entre cinco e sete canais; e os experimentadores, que vão atrás de mais de oito canais. Para 38% dos experimentadores, a figura que mais se utiliza do omnichannel, o varejo tradicional acabou perdendo sua relevância. A procura por mais canais faz com que autosserviços (36%), atacarejos (12%), lojas especializadas (6%) e Porta a Porta (5%) ganhem mais importância em sua escolha. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.