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01/Jul/2022

Brasil deve se inserir nas cadeias produtivas globais

Segundo o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), amplamente reconhecido como um país de economia fechada, o Brasil está muito atrasado nas tratativas para a sua inserção nas cadeias de valores globais. Ressalta-se o recrudescimento dos efeitos que a pandemia já vinha exercendo sobre as cadeias de suprimentos globais com a deflagração da guerra na Ucrânia. Com o conflito, os efeitos se deram com mais ênfase sobre a produção e oferta de semicondutores. O setor de semicondutores já vinha sob o escrutínio desde a época do governo Trump em 2018. A pandemia aprofundou o problema e o problema deve permanecer no pós-conflito porque os semicondutores estão no alvo das sanções dos Estados Unidos contra a Rússia. Por isso, a política comercial está sendo feita mais no risco do que nas oportunidades.

O cenário global se mostra muito complicado porque, com todos os problemas que afetaram a oferta, a inflação se impôs e exigiu que tanto as economias centrais como as emergentes tivessem que apertar suas políticas monetárias. O problema é que em um cenário de aperto monetário, os países, em especial os de economias emergentes, precisam cuidar para que não haja um crescimento muito grande de suas dívidas. Principalmente os países com problemas fiscais. O Bird, considerando a melhora da economia norte-americana, europeia e chinesa e da oferta das cadeias produtivas, prevê também uma melhora da economia global. O Brasil, mais especificamente, como um dos maiores produtores de commodities do mundo, acaba se beneficiando destes choques de ofertas pelo mundo. Peca na questão de não aproveitar as oportunidades para se inserir nas cadeias produtivas globais.

O Brasil está muito atrasado na questão da integração das cadeias de valor global. O Brasil precisaria adotar a política de ocupar pequenos espaços na questão da abertura da sua economia. O governo brasileiro deveria, por exemplo, se aproveitando da interrupção das exportações de trigo pela Rússia e Ucrânia, produzir o cereal internamente. O País deveria deixar questões pontuais que não interessa à população brasileira e começar a trabalhar juntamente com os Estados Unidos naquilo que eles têm em comum, como na área agrícola. Hoje, Brasil e Estados Unidos pregam que são os celeiros do mundo. Então, deveriam trabalhar juntos. O País poderia se integrar mais com as economias sul-americanas. O governo precisaria colocar na dianteira temas de interesse do Brasil e menos temas que não interessam à economia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.