29/Jun/2022

Segundo a Louis Dreyfus Company no Brasil, o mercado de carbono pode ajudar os produtores rurais a melhorarem suas práticas ambientais e pode ser considerado parte da solução para o avanço da sustentabilidade na agricultura. O desenvolvimento do mercado de carbono será a melhor forma de compensar os agricultores que estão atuando de forma mais sustentável, dessa produção com emissão neutra de carbono. O mercado de carbono é parte da solução para combate ao desmatamento e mudanças climáticas. O combate ao desmatamento no Brasil envolve compensação aos agricultores sustentáveis.

A Europa quer a cadeia livre de desmatamento e não comprará de áreas de desmate, mas isso não acaba com o desmatamento. Se a sociedade quiser acabar com desmatamento, tem que compensar os agricultores que adotam práticas sustentáveis e o mercado de carbono é a melhor forma de compensação. Para a Bunge, os produtores rurais são elemento-chave para agricultura sustentável. Eles são a solução, e não devem ser demonizados. O setor privado pode contribuir na instrução dos agricultores para as melhores práticas sustentáveis e na garantia de concessão a eles de ferramentas necessárias para fazerem parte dessa jornada.

É preciso garantir que os produtores tenham fluxo de capital correto e tecnologia. Setores público e privado precisam garantir que esse seja o foco. A WWF afirmou que os produtores devem ter os incentivos adequados para adoção de sistemas regenerativos. Os produtores não podem ser considerados vilões e nem os sistemas alimentares. É possível substituir energias fósseis por renováveis, mas alimentos não. Portanto, é preciso trabalhar para sistemas serem regenerativos e garantir que produtores tenham o incentivo certo e investimento adequado para agricultura prosperar. Dentre estes incentivos é preciso principalmente conceder estímulo financeiro aos agricultores para transição dos sistemas agroalimentares.

O agricultor precisa de incentivo e sistema viável para que possa produzir de forma regenerativa. Do lado dos consumidores, a Bunge avaliou que a tendência é de maior busca por produtos de baixo carbono, o carbono neutro. Os consumidores finais já fizeram compromisso público neste sentido e acreditam que é esse caminho que deve ser tomado. A Bunge trabalha com três tipos de consumidores: os que compram suas commodities para consumo humano, aqueles que utilizam para ração animal e os que compram commodities como insumo para energia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.