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28/Jun/2022

Cenário positivo para agro brasileiro até 2031/2032

Embora as perspectivas de longo prazo para o agro brasileiro continuem das mais promissoras, a atual conjuntura econômica global, marcada por elevações das taxas de juros e escalada inflacionária em diversos países, e em meio à invasão russa na Ucrânia, tende a deixar um pouco mais turbulento o caminho para o crescimento da produção e das exportações agrícolas e de proteínas animais do País, ao menos nos próximos anos. No segundo semestre deste ano, os preços das commodities ainda devem subir, em meio a custos elevados.

Mas, o mundo caminha para uma desaceleração econômica que pode levar a uma recessão nos Estados Unidos, na Europa e em outros países. Segundo a MB Associados, deve haver queda de demanda e preços em 2023. Superado esse período difícil, a tendência para o agro brasileiro é de retomada de um ritmo mais forte e estável de expansão, até porque o País é o que mais tem condições de ampliar a oferta de alimentos num cenário de crescimento da população global e de evolução de parte dessa população para um cardápio com produtos de maior valor agregado.

Com isso, o Ministério da Agricultura reviu suas projeções para o setor na próxima década, como faz com regularidade, e projetou que a colheita de grãos do Brasil, por exemplo, aumentará 25,4% até a safra 2031/2032, para 338,9 milhões de toneladas. Para este ciclo 2021/2022, as contas indicam 270,2 milhões de toneladas. Obviamente, previsões desse tipo não levam em conta eventuais quebras provocadas por problemas climáticos, mas contemplam perspectivas para área plantada e produtividade, calculadas a partir do histórico recente e de investimentos e transformações tecnológicas em curso.

Para a área plantada de grãos, a projeção é de incremento de 19,5% até 2031/2032, para 87,7 milhões de toneladas, graças sobretudo à conversão de pastagens degradadas em lavouras. A diferença entre os percentuais de aumento do volume e da área é explicada pela produtividade. Se espera um crescimento de quase 70 milhões de toneladas na colheita anual de grãos do País na próxima década. Para a produção de carnes em geral, a projeção é de um aumento de 6,8 milhões de toneladas. Na temporada 2031/2032, serão 35,4 milhões de toneladas, ante as 28,6 milhões estimadas para 2021/2022.

Nos grãos, o avanço será puxado por algodão em pluma (36%) e soja (32,3%). Nas carnes, os destaques deverão ser o frango (27,8%) e os suínos (24,2%). O cenário traçado também realça que o Brasil manterá seu reinado na produção e nas exportações de produtos como café, açúcar e suco de laranja e prevê um novo patamar de produção para algumas das frutas frescas que mais exporta. No caso do melão, por exemplo, a expectativa é de crescimento de 29,8% da produção até 2031/2032; no da uva, de 27,6%. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.