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27/Jun/2022

Brasil: dados sinalizam para inflação persistente

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,69% em junho, após ter avançado 0,59% em maio. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 5,65% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 12,04%. Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma elevação de 1,52% em maio para uma alta de 0,25% em junho. O grupo Alimentação e bebidas deu uma contribuição de 0,05% para a taxa de 0,69% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio saiu de uma elevação de 1,71% em maio para um aumento de 0,08% em junho. O leite longa vida passou de um avanço de 7,99% em maio para nova alta de 3,45% em junho. Por outro lado, ficaram mais baratos a cenoura (-27,52%), tomate (-12,76%), batata-inglesa (-8,75%), hortaliças e verduras (-5,44%) e frutas (-2,61%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de uma alta de 1,02% em maio para um aumento de 0,74% em junho. A refeição fora de casa ficou 0,70% mais cara em maio, enquanto o lanche subiu 1,10%. As famílias brasileiras gastaram 0,84% mais com Transportes em junho, depois de uma alta de preços de 1,80%em maio. O grupo foi responsável por 0,16% da taxa de 0,69% registrada pelo IPCA-15 neste mês. As passagens aéreas ficaram 11,36% mais caras em junho. Houve aumentos também no seguro voluntário de veículo (4,20%), emplacamento e licença (1,71%), motocicletas (1,66%), automóveis novos (1,46%) e automóveis usados (0,12%). O ônibus urbano subiu 0,32%. O ônibus intermunicipal aumentou 1,34%. O grupo Transportes como um todo desacelerou por conta da queda de 0,55% nos preços dos combustíveis em junho, após terem subido 2,05% em maio. O óleo diesel aumentou 2,83% este mês, mas houve recuos no etanol (4,41%) e na gasolina (0,27%).

Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de um aumento de 2,19% em maio para uma elevação de 1,27% em junho, contribuindo com 0,16% para a taxa de 0,69% registrada pelo IPCA-15 deste mês. O resultado foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde, que subiram 2,99%, item de maior impacto sobre a inflação, 0,10%. Os produtos farmacêuticos também ficaram mais caros em junho, com alta de 1,38%, um impacto de 0,05% no IPCA-15. Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma redução de 3,85% em maio para uma elevação de 0,66% em junho, o que ajudou a elevar a inflação em 0,10%. A alta no custo com habitação foi puxada pelo encarecimento da taxa de água e esgoto (4,29%). O gás encanado subiu 2,04%. Por outro lado, a energia elétrica recuou 0,68%.

Houve queda também no gás de botijão: -0,95% em junho. A alta de 0,69% na prévia da inflação oficial em junho foi decorrente de aumentos em todos os nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15. As famílias pagaram mais por Habitação (0,66%), Transportes (0,84%), Comunicação (0,36%), Alimentação e bebidas (0,25%), Vestuário (1,77%), Educação (0,07%), Artigos de residência (0,94%), Despesas pessoais (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (1,27%). A alta de custos de Vestuário, grupo de maior variação em junho e impacto de 0,08%, teve como destaques os aumentos das roupas femininas (2,52%), masculinas (1,97%) e infantis (1,51%), além dos calçados e acessórios (1,19%). Os itens contribuíram juntos com 0,08% para o IPCA-15 do mês. O resultado geral do IPCA-15 em junho foi decorrente de aumentos de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.