ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

27/Jun/2022

Combate às mudanças climáticas perdendo força

De acordo com um novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o apoio à agricultura atingiu níveis recordes nos últimos anos, com a adoção de medidas governamentais para proteger consumidores e produtores da pandemia de Covid-19 e outras crises. No entanto, apenas uma pequena parcela dessa ajuda foi direcionada a esforços de longo prazo para combater as mudanças climáticas.

O relatório, intitulado “Monitoramento e Avaliação da Política Agrícola 2022”, mostra que os 54 países monitorados, incluindo todas as economias da OCDE e da União Europeia, além de 11 importantes economias emergentes, forneceram em média US$ 817 bilhões em apoio à agricultura anualmente durante o período 2019-2021. Esse valor representa aumento de 13% em relação aos US$ 720 bilhões reportados para 2018-2020. A ajuda continuou substancial entre os países da OCDE e aumentou significativamente nas 11 economias emergentes. Embora o apoio em geral tenha aumentado, no período 2019-2021 apenas 13% do total foi direcionado a serviços gerais, como inovação, biossegurança ou infraestrutura.

Duas décadas antes, essa participação era de 16%. Esses serviços são fundamentais para aumentar o crescimento sustentável da produtividade e reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agricultura. A agricultura enfrenta um desafio complexo devido à sua vulnerabilidade aos efeitos das mudanças climáticas, seu papel como uma das principais fontes de emissões de GEE e seu potencial para remover carbono da atmosfera.

O apoio público à agricultura atingiu níveis recordes, mas a parcela do apoio alocado para estimular o crescimento sustentável da produtividade diminuiu. Dos 54 países abrangidos pelo relatório, apenas 16 estabeleceram metas de redução de emissões específicas para a agricultura. Com a guerra na Ucrânia, os formuladores de políticas precisam estar atentos aos possíveis impactos sobre países mais pobres e consumidores de baixa renda. Restrições às exportações, por exemplo, precisam ser evitadas, já que resultam em menor oferta global e preços mais altos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.